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Desafios no atendimento a idosos que vivem sozinhos portadores de déficit cognitivo

05 de janeiro de 2024 (Bibliomed). Um estudo qualitativo trouxe à luz os desafios específicos enfrentados pelos profissionais de saúde ao atenderem idosos que vivem sozinhos e possuem déficit cognitivo. A pesquisa, realizada com 76 profissionais de saúde e assistência social, revelou que fatores como isolamento, um sistema de saúde dominado por crises e políticas que limitam o acesso a atendimentos domiciliares públicos, tornam o atendimento a esse grupo mais desafiador do que àqueles que vivem acompanhados.

Os resultados desse estudo indicam que o arranjo de moradia é um determinante social da saúde entre pacientes com déficit cognitivo, pois aqueles que vivem sozinhos têm maior probabilidade de enfrentar as falhas nos serviços de saúde, e são mais difíceis de serem atendidos em comparação com aqueles que vivem com outros.

Os profissionais de saúde e assistência social entrevistados destacaram que a solidão e o isolamento podem afetar negativamente a saúde dos idosos com déficit cognitivo, tornando-os mais vulneráveis à falta de serviços adequados. Além disso, o sistema de saúde voltado para crises muitas vezes não consegue fornecer o suporte contínuo necessário para esses pacientes.

O estudo também ressaltou que políticas que limitam o acesso a auxiliares de cuidados domiciliares públicos dificultam ainda mais a oferta de serviços apropriados para os idosos que vivem sozinhos.

Esses resultados têm implicações importantes para o planejamento e a prestação de serviços de saúde e assistência social para idosos com déficit cognitivo e que vivem sozinhos. É essencial considerar as particularidades dessa população e desenvolver estratégias que abordem a solidão, promovam o acesso a cuidados adequados e melhorem a qualidade de vida desses idosos vulneráveis.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2023.29913.

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