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Problemas com parceiros íntimos experimentados em 1 em cada 5 suicídios

09 de novembro de 2023 (Bibliomed). Uma em cada cinco pessoas que morrem por suicídio experimentou problemas com parceiros íntimos que incluíram divórcio, separação, discussões e violência, mostra uma nova pesquisa da a Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos.

Para o estudo, os pesquisadores analisaram dados do Sistema Nacional de Relatórios de Morte Violenta do Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, em inglês) para 48 estados, além de Washington, D.C. e Porto Rico. Esse banco de dados inclui informações sobre cada morte, relatórios de médicos legistas e toxicológicos e entrevistas com familiares, amigos e outras pessoas que conheceram a vítima.

Os pesquisadores examinaram 18 fatores organizados em três grandes categorias: questões relacionadas à saúde; estressores da vida, incluindo o suicídio de um amigo ou membro da família, problemas financeiros e violência interpessoal como vítima ou agressor; e crimes graves recentes ou problemas legais que podem ter contribuído para o suicídio. A pesquisa incluiu mais de 402.000 suicídios em americanos com 18 anos ou mais. Quase metade desses indivíduos tinha entre 25 e 44 anos. A maioria era branca e do sexo masculino com pelo menos o ensino médio.

Suicídios envolvendo problemas com parceiros íntimos eram mais propensos a envolver perpetração de violência interpessoal e vitimização, discussões, problemas financeiros, problemas de trabalho, problemas familiares e problemas legais recentes, juntamente com problemas de saúde mental.

Indivíduos cujo suicídio não envolveu problemas com parceiros íntimos tinham em média 45 anos. Cerca de 15% tinham 65 anos ou mais. Indivíduos negros, mulheres, com escolaridade inferior ao ensino médio e solteiros foram significativamente mais comuns neste grupo do que no outro grupo.

O suicídio é uma das principais causas de morte entre os americanos, com mais de 48.000 pessoas morrendo por suicídio em 2021, de acordo com o CDC. Para aqueles que tiveram problemas com parceiros íntimos, era mais comum ter outros problemas contribuintes, como problemas de saúde mental, questões legais recentes e estressores da vida, incluindo desemprego e problemas familiares, de acordo com os pesquisadores, que selecionaram dados de 2003 a 2020.

Nos suicídios que não envolviam problemas com o parceiro íntimo, a pessoa que morreu tinha maior probabilidade de ser mais velha. As mortes eram mais propensas a serem precedidas por problemas de saúde ou envolvimento com o crime.

Fonte: American Journal of Preventive Medicine. DOI: 10.1016/j.amepre.2023.03.011.

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