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Estudo encontra disparidades raciais nas prescrições de medicamentos para demência

24 de agosto de 2023 (Bibliomed). Um novo estudo encontra disparidades raciais quando se trata de acesso a medicamentos para demência, com os negros recebendo menos prescrições.

O estudo, que envolveu 25.930 pessoas, perguntou aos participantes sobre sua raça e seus medicamentos. Do grupo, 3.655 eram negros e 12.885 eram brancos.

Os pesquisadores descobriram que para aqueles que tomaram inibidores da colinesterase, que ajudam na memória e no pensamento, apenas 20% dos negros receberam uma receita, em comparação com 30% dos brancos.

Apenas 10% dos pacientes negros receberam prescrição de N-metil-D-aspartato, ou antagonistas de NMDA, que podem ajudar na função cognitiva, em comparação com 17% dos pacientes brancos.

No entanto, os pesquisadores disseram que os números de ambos os medicamentos mudavam se o prescritor fosse um neurologista. Segundo os dados, pessoas negras que viram um neurologista estavam recebendo inibidores da colinesterase e antagonistas NMDA em taxas mais comparáveis às pessoas brancas, o que indica que o encaminhamento para especialistas pode diminuir essa disparidade de prescrições.

O estudo mostrou, também, uma disparidade na taxa de prescrição de inibidores seletivos de recaptação de serotonina, ou SSRIs, usados para tratar a depressão, com 24% dos negros recebendo uma receita em comparação com 40% dos brancos.

Os resultados indicaram que porcentagem de antipsicóticos prescritos para negros, para tratar a psicose, foi de 18%, em comparação com 22% dos brancos. E para os benzodiazepínicos, para tratar ansiedade e agitação, a diferença aumentou com apenas 18% dos negros recebendo receita, em comparação com 37% dos brancos.

Fonte: Fonte: 75ª Reunião Anual da Academia Americana de Neurologia 2023.

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