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Cresce número de diagnósticos de autismo

06 de julho de 2023 (Bibliomed). Um estudo do Centro de Pesquisa Infantil da Rutgers University, nos Estados Unidos, mostrou que o número de diagnósticos de autismo tem aumentado na área metropolitana de Nova York e Nova Jersey. A grande maioria dos diagnósticos tem sido de crianças que não apresentam deficiência intelectual.

Durante décadas, associou-se o autismo à deficiência intelectual, noção que tem sido refutada por novos estudos. Para se ter ideia, no passado, estimava-se que até 75% das crianças autistas apresentavam deficiências intelectuais. Os estudos atuais apontam que apenas cerca de um terço das crianças autistas têm um QI abaixo da média.

Dados de quatro condados de Nova Jersey - Essex, Hudson, Ocean e Union - mostraram que cerca de 32% das crianças diagnosticadas com autismo tinham deficiência intelectual, enquanto cerca de 59% tinham autismo, mas sem deficiência intelectual.

No geral, os casos documentados de transtorno do espectro do autismo triplicaram entre 2000 e 2016, passando de 9,6 casos por 1.000 crianças de 8 anos para 31,8 casos por 1.000 crianças, disseram os pesquisadores.

As taxas de autismo com deficiência intelectual dobraram durante esse período, passando de 2,9 casos para 7,3 casos por 1.000 crianças. Mas os casos de autismo sem deficiência intelectual aumentaram cinco vezes, de 3,8 para 18,9 por 1.000 crianças.

O estudo mostrou que as crianças negras tinham 30% menos probabilidade de serem identificadas com autismo sem deficiência intelectual do que crianças brancas na área de Nova York/Nova Jersey, e que as crianças que vivem em áreas prósperas têm 80% mais chances de serem identificadas com autismo sem deficiência intelectual do que as crianças que vivem em lugares mais pobres. De acordo com os pesquisadores, isso sugere que há ainda mais casos de autismo por aí que não foram diagnosticados devido a desigualdades no acesso à saúde.

Fonte: Pediatrics. DOI: 10.1542/peds.2022-056594.

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