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Alteração genética aumenta o risco de câncer em ambas as mamas

04 de julho de 2023 (Bibliomed). Algumas mulheres com câncer em uma mama podem ter um risco maior de desenvolver câncer na outra mama, sugere uma nova pesquisa da a Mayo Clinic Comprehensive Cancer Center, nos Estados Unidos.

Mulheres que carregam uma alteração genética específica - uma mutação germinativa BRCA1, BRCA2 ou CHEK2 - têm pelo menos um risco duas vezes maior de câncer em ambas as mamas, também chamado de câncer de mama contralateral.

O estudo, que envolveu 15.000 mulheres, também descobriu que aquelas com mutações germinativas da ATM não tinham um risco significativamente elevado de câncer em ambas as mamas. Para algumas portadoras do gene PALB2, o risco dependia de outros fatores. Elas tinham um risco significativamente elevado de câncer em ambas as mamas se tivessem doença de receptor de estrogênio negativo.

Segundo os autores, a maioria das pacientes com câncer de mama e portadoras de mutações germinativas assumem alto risco de desenvolver câncer na mama oposta. As mulheres que estavam na pré-menopausa tiveram maior risco de câncer em ambas as mamas do que aquelas que estavam na pós-menopausa quando diagnosticadas, disseram os autores do estudo. Mulheres negras e mulheres brancas tiveram risco elevado semelhante para câncer de mama contralateral.

Os pesquisadores explicam que esses resultados ajudarão os médicos a tomarem a decisão de remover ou não a mama não afetada pelo câncer, em uma tentativa de reduzir as chances de desenvolvimento de um segundo tumor.

Fonte: Journal of Clinical Oncology. DOI: 10.1200/JCO.22.01239.

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