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Jogo de realidade virtual pode ajudar a detectar o TDAH

22 de junho de 2023 (Bibliomed). Em um novo estudo, pesquisadores usaram jogos de realidade virtual, rastreamento ocular e aprendizado de máquina para mostrar que as diferenças nos movimentos oculares podem ser usadas para detectar o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), potencialmente fornecendo uma ferramenta para um diagnóstico mais preciso dos déficits de atenção. Sua abordagem também pode ser usada como base para uma terapia de TDAH e, com algumas modificações, para avaliar outras condições, como o autismo. O estudo foi publicado na revista Scientific Reports.

O TDAH é um distúrbio de atenção comum que afeta cerca de 6% das crianças do mundo. Apesar de décadas de busca por marcadores objetivos, o diagnóstico de TDAH ainda é baseado em questionários, entrevistas e observação subjetiva. Os resultados podem ser ambíguos e os testes comportamentais padrão não revelam como as crianças lidam com as situações cotidianas. Recentemente, uma equipe de pesquisadores desenvolveu um jogo de realidade virtual chamado EPELI que pode ser usado para avaliar os sintomas de TDAH em crianças, simulando situações da vida cotidiana.

Agora, a equipe rastreou os movimentos oculares de crianças em um jogo de realidade virtual e usou o aprendizado de máquina para procurar diferenças em crianças com TDAH. O novo estudo envolveu 37 crianças diagnosticadas com TDAH e 36 crianças em um grupo de controle. As crianças jogaram o EPELI e um segundo jogo, Atire no Alvo, no qual o jogador é instruído a localizar objetos no ambiente e “atirar” neles olhando para eles.

Os pesquisadores rastrearam os movimentos naturais dos olhos das crianças enquanto elas executavam diferentes tarefas em um jogo de realidade virtual, e isso se mostrou eficaz em detectar sintomas de TDAH. O olhar das crianças com TDAH parou por mais tempo em diferentes objetos no ambiente, e seu olhar saltou mais com mais frequência de um lugar para outro. Isso pode indicar um atraso no desenvolvimento do sistema visual e um pior processamento de informações do que outras crianças, dizem os autores da pesquisa.

Fonte: Scientific Reports. DOI: 10.1038/s41598-022-24552-4.

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