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27 de abril de 2023 (Bibliomed). O exercício pode alterar marcadores genéticos de doenças metabólicas - qualquer uma das doenças ou distúrbios que interrompem o metabolismo normal. É o que mostra um estudo da Washington State University, nos Estados Unidos, realizado com gêmeos idênticos.
Para o estudo, os pesquisadores selecionaram 70 pares de gêmeos idênticos, que tiveram amostras de material genético coletado. Os dados foram coletados em pontos diferentes entre 2012 e 2019.
Os pesquisadores usaram rastreadores de condicionamento físico para avaliar a atividade dos gêmeos, mediram suas cinturas e avaliaram seus índices de massa corporal (ou IMC, uma estimativa de gordura corporal com base na altura e peso). Os participantes também responderam a perguntas sobre seu estilo de vida e bairros. Em muitos dos pares de gêmeos, os indivíduos diferiam em níveis de exercício, caminhada na vizinhança e IMC.
Os irmãos mais ativos fisicamente apresentaram menores sinais de doença metabólica, medidos pelo tamanho da cintura e IMC. Isso se correlacionou com diferenças em seus epigenomas, os processos moleculares que influenciam a expressão gênica. Gêmeos mais ativos tinham marcadores epigenéticos que estavam ligados à síndrome metabólica reduzida, uma condição que pode levar a doenças cardíacas, derrame e diabetes tipo 2.
Para aqueles com comportamento diferente, o laboratório também encontrou diferenças epigenéticas. O gêmeo com alto nível de atividade física, definido como mais de 150 minutos de exercício por semana, teve alterações epigenéticas que se correlacionaram com a redução do IMC e do tamanho da cintura.
As regiões genéticas onde essas mudanças são encontradas estão associadas a mais de 50 genes específicos para atividades físicas vigorosas e fatores de risco metabólicos.
Fonte: Scientific Reports. DOI: 10.1038/s41598-022-24642-3.
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