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Esquizofrenia pode aumentar o risco de demência em 2,5 vezes

03 de fevereiro de 2023 (Bibliomed). Transtornos psicóticos não afetivos têm sido associados a um risco aumentado de desenvolver demência. No entanto, a pesquisa nesta área permanece limitada, destacando a necessidade de uma revisão sistemática atualizada e metanálise das evidências.

Um novo estudo objetivou revisar sistematicamente e quantificar o risco de demência associada a transtornos psicóticos. Foram pesquisados quatro bancos de dados eletrônicos para estudos longitudinais investigando transtornos psicóticos não afetivos e demência subsequente.

Verificou-se que os transtornos psicóticos não afetivos foram associados com risco aumentado de demência por todas as causas; razão de risco agrupada (RR) = 2,52. Foram avaliados 11 estudos, com alta heterogeneidade entre eles.

O risco foi maior em pessoas com idade inferior a 60 anos no início do estudo, em transtornos psicóticos típicos e de início tardio versus psicose de início muito tardio, em transtornos psicóticos mais amplos versus esquizofrenia e em estudos prospectivos versus retrospectivos. As associações permaneceram após a exclusão de estudos de baixa qualidade.

Essa revisão encontrou uma associação substancial entre transtornos psicóticos e demência subsequente. Os achados indicam que os transtornos psicóticos são um fator de risco potencialmente modificável para demência e sugerem que os indivíduos com transtornos psicóticos precisam ser monitorados de perto quanto ao declínio cognitivo na vida adulta.

Fonte: Psychological Medicine. DOI: 10.1017/S0033291722002781.

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