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Brasil: Simpósio Abordará os Distúrbios do Sono

São Paulo, 21 de Novembro(eHLA). O Departamento de Neurologia da Associação Paulista de Medicina (APM) promoverá nos próximos dias 24 e 25 de novembro o VIII Simpósio Brasileiro de Sono e o II Congresso Paulista de Sono. O evento abordará vários aspectos do sono e seus distúrbios, por profissionais de diversas especialidades.

Para Rubens Reimão, presidente do Departamento de Neurologia da APM, nos últimos anos está ocorrendo uma evolução muito grande no campo dos distúrbios do sono no Brasil. "Atualmente, consideramos a medicina do sono como especialidade e a maioria dos estudos e casos clínicos que serão relatados são brasileiros", enfatiza. Hoje, grande parte dos estados brasileiros possui centros próprios para atendimento clínico de doenças relacionadas ao sono. “Houve um avanço nas pesquisas realizada no Brasil. Antigamente, todas as pesquisas vinham de foram e não tínhamos quase nada aqui. Essa realidade mudou e grande parte das pesquisas é realizada no País”, conclui Reimão.

Durante o simpósio, será conferido o Prêmio Marco Elizabetsky à melhor monografia sobre sono escrita por estudante universitário.

Pesquisa Mostra que Portadores de Distúrbios do Sono Evitam Tratamento

Foi divulgada esta semana a primeira pesquisa realizada pela Sociedade Latino-Americana do Sono, divulgando dados e a natureza dos distúrbios do sono no continente. O estudo demonstrou que apesar de mais de dois terços da população latino-americana apresentar distúrbios do sono, muitos aceitam esse problema, e a maioria não procura a ajuda de um médico para informar-se sobre as opções de tratamento.

"Os profissionais da área de saúde precisam estar atentos aos distúrbios do sono e questionar mais intensamente seus pacientes. Acredita-se que muitas das moléstias que afligem o homem podem estar sendo agravadas pelos distúrbios do sono", afirma a Dra. Margarita Blanco, presidente da Sociedade Latino-Americana do Sono.

A pesquisa mostrou ainda que os brasileiros perdem cerca de 650 milhões de horas por mês tentando pegar no sono. Para chegar a esse número, considerou-se que 54% da população adulta tem algum distúrbio do sono em 12 dias por mês e que demora em média uma hora para dormir. Nos EUA, projeções estimam em cerca de US$ 16 bilhões de dólares os custos da insônia. Nesse total estão incluídos custos diretos e indiretos, desde a procura por médicos e gastos com remédios até perdas com acidentes de trânsito, de trabalho e redução no rendimento.

"A insônia está entre as principais causas de faltas no trabalho", diz Flávio Alóe, do centro do sono do Hospital das Clínicas. "Terapias, técnicas de relaxamento e higiene do sono muitas vezes resolvem o problema", explica. A higiene do sono inclui hábitos como horários para dormir, redução do álcool e café e banhos quentes, entre outros recursos.

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