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Pessoas mentiram em pesquisas durante pandemia de Covid-19

02 de janeiro de 2023 (Bibliomed). No auge da pandemia do Covid-19, mais de 40% dos norte-americanos não sabiam se tinham o vírus ou ignoravam as precauções de segurança, mostra uma pesquisa da Universidade de Utah, nos Estados Unidos. A pesquisa de dezembro com 1.700 pessoas descobriu que 721 entrevistados deturparam seu status de Covid-19 ou não seguiram as recomendações de saúde pública.

As pessoas ignoraram as regras de quarentena, disseram a alguém que estavam prestes a ver que estavam tomando mais precauções do que realmente estavam e não mencionaram que poderiam ou tiveram Covid-19 quando entraram no consultório médico. Elas também foram falsas sobre o status de vacinação, alegando que foram vacinados quando não foram ou que não foram vacinados quando tomaram a vacina, revelou a pesquisa.

As razões mais comuns para a falta de transparência eram que as pessoas queriam se sentir normais ou exercer a liberdade pessoal. Os entrevistados deram uma variedade de razões para sua decepção. Entre eles: eles não achavam que o Covid-19 fosse real ou grande coisa; eles não se sentiam doentes; não podiam faltar ao trabalho ou ficar em casa; estavam seguindo o conselho de uma figura pública ou celebridade; e, finalmente, não era da conta de mais ninguém.

Aqueles com maior probabilidade de se envolver em deturpação incluíram todas as faixas etárias abaixo de 60 anos e aqueles com maior desconfiança da ciência. Cerca de 60% dos entrevistados disseram que procuraram aconselhamento médico para prevenção ou tratamento do Covid-19. O estudo não encontrou uma associação entre deturpação e crenças políticas, filiação partidária ou religião.

Para os pesquisadores, a pesquisa levanta preocupações sobre como a relutância em relatar com veracidade o estado de saúde e a adesão ao mascaramento, distanciamento social e medidas de saúde pública podem prolongar a pandemia e espalhar doenças infecciosas.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2022.35837.