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16 de setembro de 2022 (Bibliomed). A maioria das pessoas sexualmente ativas contrairá o papilomavírus humano durante a vida, e cerca de 90% dessas conseguirá eliminá-lo de seus corpos. Contudo, algumas mulheres são suscetíveis às lesões cervicais que a infecção traz, aumentando o risco de câncer do colo do útero. O vírus HPV pode causar câncer do colo do útero, mas também da vulva, vagina, pênis ou ânus, orofaringe na parte de trás da garganta, incluindo a base da língua e amígdalas, e verrugas genitais.
Uma nova revisão mostrou que é possível que, durante a cirurgia para remover lesões cervicais pré-cancerosas, uma injeção da vacina contra o HPV possa ajudar a prevenir lesões futuras. Na revisão, os pesquisadores analisaram 18 estudos, incluindo dois que eram randomizados e controlados, 12 estudos observacionais e quatro reexames de dados. O tempo médio de seguimento foi de três anos.
No geral, os resultados mostraram que o risco de recorrência de doença pré-invasiva de alto grau foi reduzido em 57% em pacientes que foram vacinados durante a cirurgia, em comparação com aqueles que não receberam a vacina.
Resultados ainda mais positivos foram observados ao analisar os dois tipos de HPV de alto risco conhecidos como HPV 16 e HPV 18, onde os pacientes observaram uma redução de 74% nas lesões pré-cancerosas.
Embora as descobertas mostrem um grande potencial, os pesquisadores enfatizaram que ainda são necessárias pesquisas mais rigorosas.
No Brasil, a vacina contra o HPV é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 12 e 13 anos.
Fonte: BMJ. DOI: 10.1136/bmj-2022-070135.
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