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26 de julho de 2022 (Bibliomed). A disfunção olfativa é um sintoma comum do COVID-19, com taxas relatadas de até 70%. Esse sintoma pode estar associado à COVID-19 leve, ocorre principalmente dentro de 5 dias após o início dos sintomas e pode persistir por alguns dias a vários meses após a resolução da infecção. O mecanismo da disfunção olfativa relacionada ao SARS-CoV-2 não é completamente compreendido.
Em um novo estudo brasileiro, pesquisadores da UFRJ realizaram uma análise retrospectiva de indivíduos com COVID-19 leve durante diferentes ondas variantes do SARS-CoV-2 para avaliar a prevalência de disfunção olfativa autorrelatada. Os participantes tinham 18 anos ou mais e apresentavam sintomas leves no momento da coleta da amostra para diagnóstico.
Dos 6.053 participantes na coorte com COVID-19 leve, 2.650 relataram disfunção olfativa e 3.403 não relataram esse sintoma. A disfunção olfativa foi relatada por 2.223 dos 4.227 participantes (52,6%) diagnosticados durante o período das linhagens originais. A prevalência diminuiu para 27,5% durante a variante Gama, 42,1% durante a variante Delta e 5,8% durante a variante Ômicron.
Este estudo descobriu que indivíduos com COVID-19 leve infectados durante as ondas Gama e Ômicron tinham menores chances de relatar disfunção olfativa do que indivíduos infectados durante o período das linhagens originais. Esses resultados sugerem que o tipo de variante SARS-CoV-2 pode ser um fator de risco para disfunção olfativa, juntamente com a suscetibilidade genética do hospedeiro.
Fonte: JAMA. DOI: 10.1001/jama.2022.11006.
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