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Jovens tendem a recuperar olfato mais rápido depois do COVID-19

22 de outubro de 2021 (Bibliomed). Pessoas com menos de 40 anos que perdem o olfato e o paladar devido ao COVID-19 têm maior probabilidade de recuperá-los do que os adultos mais velhos, revelou um estudo da Virginia Commonwealth University School of Medicine, nos Estados Unidos. Geralmente, quatro em cada cinco sobreviventes da doença recuperam esses sentidos em seis meses.

A perda do olfato e do paladar é considerada um sintoma característico do vírus, de acordo com os pesquisadores. Estudos mostraram que pessoas que experimentam esses declínios sensoriais por períodos mais longos também podem ter maior risco de doenças graves.

Para este estudo, que faz parte do projeto de pesquisa sobre perda de paladar e olfato na COVID-19 em andamento na instituição de ensino, os pesquisadores questionaram 798 adultos com 18 anos ou mais que testaram positivo para o vírus e relataram declínios sensoriais como resultado.

Com base em suas descobertas sobre a perda prolongada do olfato e paladar, dado que houve mais de 230 milhões de casos de COVID-19 em todo o mundo, mais de 20 milhões de pessoas poderiam ficar sem esses sentidos por mais de seis meses.

Em resultados de pesquisas anteriores, publicados em abril, 43% dos participantes relataram sentir-se deprimidos e 56% relataram diminuição do prazer de viver enquanto experimentavam perda de olfato ou paladar. A preocupação mais comum com a qualidade de vida foi a redução do gosto pela comida, com 87% dos entrevistados indicando que isso era um problema.

Para os entrevistados que relataram perdas persistentes de olfato e paladar, a perda de apetite representa desafios para a saúde para 55%, e 37% relataram perda de peso não intencional. Além disso, os sintomas que os sobreviventes do COVID-19 experimentam e quais condições pré-existentes eles têm desempenham um papel na sua recuperação.

Aqueles com histórico de traumatismo craniano tiveram menor probabilidade de recuperar o olfato, enquanto aqueles com congestão nasal tiveram maior probabilidade de recuperação desse sentido.

Fonte: American Journal of Otolaryngology. DOI: 10.1016/j.amjoto.2021.103239.