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Injeção experimental pode reparar lesões na medula espinhal

29 de abril de 2022 (Bibliomed). Uma pesquisa realizada com camundongos tem trazido esperança para pessoas com lesões na medula espinhal. Testada em forma de nanofibras que se comunicam com células, a injeção foi capaz de reparar as lesões espinhais nos camundongos, que recuperaram a capacidade de andar quatro semanas após receberem a terapia.

Elaborada por pesquisadores da Northwestern University, nos Estados Unidos, a terapia aproveita o que os pesquisadores chamam de "moléculas dançantes" para reparar o tecido espinhal e reverter a paralisia, formando nanofibras que se comunicam com as células para iniciar o reparo da medula espinhal lesionada.

Nos camundongos, a terapia reparou danos na medula espinhal de cinco maneiras:

- As extensões cortadas dos neurônios (axônios) se regeneraram.
- Houve um declínio significativo no tecido cicatricial, o que pode criar uma barreira física para regeneração e reparo.
- A mielina, a camada isolante de axônios que é crucial na transmissão eficiente de sinais elétricos, é reformada ao redor das células.
- Vasos sanguíneos formados para fornecer nutrientes às células no local da lesão.
- Mais neurônios motores sobreviveram.

Os autores explicam que, depois que a terapia segue seu curso, os materiais se biodegradam em nutrientes para as células dentro de 12 semanas e depois desaparecem do corpo sem efeitos colaterais perceptíveis.

A equipe de pesquisa planeja, agora, buscar a aprovação da Food and Drug Administration dos EUA para testar a terapia em seres humanos. No entanto, eles ressaltam que é importante ter em mente que nem sempre os resultados obtidos em experimentos com animais são replicados em humanos, mas os autores se mostram animados com a possibilidade de conseguirem trazer esperança a milhões de pessoas que vivem com lesões em todo o mundo.

Fonte: Science. DOI: 10.1126/science.abh3602.

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