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Obesidade pode causar problemas para engravidar

03 de março de 2022 (Bibliomed). Apesar de ser observada uma associação de obesidade com risco alterado de muitas condições reprodutivas femininas, como síndrome dos ovários policísticos (SOP), sangramento uterino anormal, endometriose, infertilidade e distúrbios relacionados à gravidez, permanece a incerteza sobre os papéis e mecanismos da obesidade na etiologia de distúrbios reprodutivos. Assim, em recente estudo, pesquisadores procuraram determinar correlações causais observacionais e geneticamente previstas entre obesidade, hormônios metabólicos e distúrbios reprodutivos femininos.

A ocorrência de obesidade e dados de doenças reprodutivas em até 257.193 mulheres de ascendência europeia no Biobank do Reino Unido e estudos de associação genômica ampla (GWASs) disponíveis publicamente foram recuperados e regressão logística, modelos aditivos generalizados e randomização mendeliana (MR) (2 amostras, não linear e multivariável) foram aplicados sobre eles.

A obesidade foi vista como positivamente associada a uma série de distúrbios reprodutivos femininos, incluindo miomas uterinos, síndrome dos ovários policísticos, sangramento menstrual intenso e pré-eclâmpsia, neste um dos maiores conjuntos de dados disponíveis publicamente sobre a saúde humana.

A variação genética herdada ligada à obesidade também é identificada como associada a distúrbios reprodutivos femininos, no entanto, diferenças na força dessas associações foram observadas por tipo de obesidade e condição reprodutiva.

Como há uma atribuição aleatória das variantes genéticas ao nascimento, a estimativa do efeito da obesidade nas condições reprodutivas pode ser imparcial por fatores ambientais e de estilo de vida ou causa reversa usando esse método.

Os achados sugerem um papel mediador de hormônios, como a leptina, que é secretada pelas células adiposas, e a insulina, na associação genética da obesidade com a pré-eclâmpsia.

Fonte: PLOS Medicine. DOI: 10.1371/journal.pmed.1003679.