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09 de dezembro de 2021 (Bibliomed). A droga antidepressiva fluvoxamina reduz o risco de internações prolongadas em pessoas com COVID-19 grave, descobriu um ensaio clínico realizado pela Universidade McMaster, no Canadá.
De 741 pacientes que receberam o medicamento como parte do estudo, 11% necessitaram de tratamento médico por mais de seis horas ou foram hospitalizados. Em comparação, das 756 pessoas que receberam um placebo, 16% necessitaram de tratamento médico por mais de seis horas ou foram hospitalizadas.
O fluvoxamina foi escolhido para estudo como um tratamento potencial para COVID-19 devido às suas propriedades antiinflamatórias, mas as evidências do estudo que apoiam seu uso foram limitadas até o momento, observando que atualmente não recomenda seu uso em pessoas com vírus. Ele é um dos vários medicamentos comumente usados ??e prontamente disponíveis que foram avaliados para uso potencial no tratamento do vírus desde o início da pandemia em março de 2020.
Para este estudo, os pesquisadores compararam o tratamento com fluvoxamina ao placebo em quase 1.500 adultos brasileiros não vacinados com COVID-19 confirmado, com sintomas. A pesquisa fez parte do chamado ensaio TOGETHER, que investigou oito tratamentos reaproveitados para o vírus em participantes adultos de alto risco. Como parte do estudo, 741 participantes receberam 100 miligramas de fluvoxamina duas vezes ao dia durante 10 dias, enquanto 756 receberam um placebo.
Dos que receberam fluvoxamina, 79 precisaram de uma estadia prolongada por mais de seis horas em um ambiente de emergência ou hospital, em comparação com 119 que receberam o placebo. Houve uma morte no grupo da fluvoxamina e 12 no grupo do placebo.
Os resultados sugerem que a droga, normalmente usada para depressão, também pode ser usada para tratar pacientes de alto risco com COVID-19 diagnosticado precocemente e reduzir a necessidade de observação prolongada em um ambiente de emergência ou hospital, disseram eles.
Fonte: The Lancet. DOI: 10.1016/S2214-109X(21)00448-4.
Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.
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