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19 de outubro de 2021 (Bibliomed). À medida que mais adultos recebem suas vacinas COVID-19, as crianças que ainda não são elegíveis para a vacinação na maioria dos países estão representando uma porcentagem maior de hospitalizações e até mortes, alertou a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) na semana anterior.
Passados nove meses desde o inicio do ano, as infecções entre crianças e adolescentes nas Américas ultrapassaram 1,9 milhão de casos e enfrentam riscos significativos à saúde, disse a OPAS, o braço regional da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Especialistas dizem que a pandemia desencadeou a pior crise educacional já vista nas Américas devido à ausência de escolaridade presencial. A pandemia de COVID também interrompeu os serviços de saúde sexual e reprodutiva em mais da metade dos países da região, ajudando a alimentar um dos maiores saltos na gravidez na adolescência em uma década, disse a OPAS.
Lock-downs e interrupções na economia aumentaram o risco de violência doméstica e, para muitas crianças, suas casas podem não ser um lugar seguro, disse a Diretora da OPAS Carissa Etienne em um briefing. “Nossos filhos perderam mais dias de escola do que crianças em qualquer outra região. Cada dia que as crianças ficam sem estudar pessoalmente, maior é a probabilidade de desistirem e nunca mais voltarem à escola”, disse ela.
Até agora, a única vacina aprovada pela OMS para adolescentes é a Pfizer Inc, enquanto a Moderna Inc pediu a aprovação do uso emergencial de sua vacina para 12-15 anos de idade, de acordo com o Subdiretor da OPAS Jarbas Barbosa. Ele disse que a Sinovac Biotech e a Sinopharm da China também solicitaram a aprovação da OMS ou o uso de suas vacinas para adolescentes e crianças de 3 a 17 anos.
Alguns países já se adiantaram e começaram a vacinar crianças e adolescentes, como Chile e Cuba, sem esperar a aprovação da OMS, disse Barbosa. Cuba começou a vacinar adolescentes neste mês para imunizar mais de 90% de sua população até dezembro e começará a vacinar crianças de 2 a 10 anos esta semana, tornando-se o primeiro país do mundo a vacinar em massa crianças menores de seis anos.
A ilha caribenha comunista é o único país da América Latina a desenvolver vacinas contra COVID-19: o Abdala, dado à maioria dos cubanos adultos, o Soberana-2, até agora administrado principalmente a adolescentes e crianças, e o reforço Soberana Plus. Estas vacinas ainda não têm a aprovação da OMS.
A OPAS elogiou o Chile, o Uruguai e a Colômbia pelos programas bem-sucedidos para limitar o impacto da pandemia sobre os jovens.
Fonte: PAHO News. October 2021.
Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.
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