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Cientistas sofrem pressão para alterar resultados de estudos

06 de setembro de 2021 (Bibliomed). Quase um em cada cinco pesquisadores de saúde pública se sente pressionado pelos financiadores do estudo para atrasar a publicação ou alterar as descobertas, revelou uma pesquisa da Universidade de Newcastle, na Austrália. Os estudos afetados foram publicados entre 2007 e 2017.

Na pequena pesquisa com 104 pesquisadores em áreas como nutrição, saúde sexual, atividade física e uso de substâncias, 18% dos entrevistados disseram que, em pelo menos uma ocasião, se sentiram pressionados pelos financiadores.

Por causa do que os pesquisadores descrevem como uma história de interferência de financiadores da indústria, como as empresas farmacêuticas na pesquisa em saúde pública, eles esperavam que os principais estudos financiados pela indústria relatassem a maior tentativa de influência.

Para este estudo, os autores entrevistaram 104 pesquisadores nos Estados Unidos, Canadá, Europa, Austrália e Nova Zelândia. Os pesquisadores responderam se eles já haviam recebido solicitações para alterar métodos de pesquisa, alterar as conclusões do estudo, atrasar a publicação ou não divulgar os resultados.

Nove entrevistados disseram que os financiadores expressaram relutância sobre as descobertas de seus estudos porque os resultados foram desfavoráveis. Além disso, seis disseram que os financiadores solicitaram que as descobertas fossem alteradas, e cinco tiveram os financiadores que solicitaram o adiamento da publicação.

Quatro entrevistados disseram que os financiadores tentaram desacreditar os membros de suas equipes de pesquisa quando eles não ficaram satisfeitos com os resultados do estudo. Essa interferência foi mais comum em estudos sobre saúde sexual e abuso de substâncias do que aqueles envolvendo nutrição e atividade física, embora o estudo não forneça razões para isso.

Fonte: PLOS One. DOI: 10.1371/journal.pone.0255704.