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Pandemia prejudicou saúde mental de adolescentes

20 de agosto de 2021 (Bibliomed). De acordo com a pesquisa da University of Michigan, nos Estados Unidos, 46% dos 977 pais de adolescentes disseram que seus filhos mostraram sinais de uma condição de saúde mental nova ou piora desde o início da pandemia. Mais pais de meninas adolescentes do que pais de meninos adolescentes relataram um aumento na ansiedade/preocupação - 36% vs. 19% - ou depressão/tristeza - 31% vs. 18%.

Meninas e meninos tiveram taxas semelhantes de mudanças negativas no sono - 24% para meninas vs. 21% para meninos - afastamento da família - 14% vs. 13% - e comportamento agressivo - 8% vs. 9%.

A pesquisa mostrou que a depressão adolescente durante a pandemia estava associada aos próprios medos e incertezas dos adolescentes, bem como a altos níveis de estresse dos pais. De acordo com os pesquisadores, as mudanças no estilo de vida causadas pela pandemia causaram impacto significativo na saúde mental dos adolescentes, especialmente o isolamento, provocando novos problemas ou exacerbando os que já existiam.

Três quartos dos pais disseram que a pandemia afetou negativamente as conexões de seus filhos adolescentes com amigos, e 64% disseram que seus adolescentes têm enviado mensagens de texto, 56% disseram que usam mídia social, 43% disseram que jogos online e 35% disseram que falam ao telefone a cada dia ou quase todos os dias. Poucos pais disseram que seus filhos adolescentes têm se encontrado pessoalmente com os amigos diariamente ou quase todos os dias, em ambientes fechados (9%) ou ao ar livre (6%).

A pesquisa descobriu que os pais que notaram mudanças negativas na saúde mental de seus adolescentes tentaram diferentes estratégias para ajudá-los, incluindo relaxar as regras do COVID-19 e as regras familiares nas redes sociais, buscar ajuda profissional e usar aplicativos de saúde mental.

De 1 em cada 4 pais que procuraram ajuda para seu filho adolescente de um provedor de saúde mental, três quartos acharam que ajudou. Um terço dos pais conversou com professores ou conselheiros escolares e 57% deles disseram que foi útil.

Os pesquisadores sugerem que as famílias devem encorajar as interações sociais que seguem as diretrizes de segurança do COVID-19, como passar tempo fora ou participar de atividades usando máscaras e se distanciando socialmente.

Fonte: University of Michigan. News-release. 2021.