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Síndrome relacionada a COVID-19 é mais frequente em crianças negras

20 de julho de 2021 (Bibliomed). Crianças negras e hispânicas nos Estados Unidos têm quase 10 vezes mais probabilidade de desenvolver inflamação grave em vários órgãos do corpo devido ao COVID-19 do que crianças brancas, descobriu um estudo da Equipe de Resposta COVID-19 do Centro de Controle e Prevenção de Doenças.

Os jovens descendentes de países asiáticos e das ilhas do Pacífico tiveram um risco três vezes maior de desenvolver essa complicação, chamada de síndrome inflamatória multissistêmica em crianças (MIS-C) em comparação com os jovens brancos.

MIS-C é uma condição na qual diferentes partes do corpo podem ficar inflamadas, incluindo coração, pulmões, rins, cérebro, pele, olhos ou trato gastrointestinal. Seus sintomas foram comparados a outro distúrbio infantil raro chamado doença de Kawasaki e podem causar danos significativos a órgãos, e a inflamação de múltiplos órgãos pode ser fatal se não tratada.

Crianças com menos de 10 anos parecem estar em maior risco, com a condição ocorrendo com mais frequência entre as idades de 6 e 10 anos. No entanto, o MIS-C permanece extremamente raro, com apenas 316 casos por 1 milhão de crianças infectadas com o coronavírus, disseram os pesquisadores.

Para este estudo, os pesquisadores analisaram dados sobre casos relatados de MIS-C em crianças com diagnóstico de COVID-19 em Connecticut, Geórgia, Massachusetts, Michigan, Nova Jersey, Nova York e Pensilvânia entre abril e junho do ano passado.

Nos sete estados, houve 248 casos de MIS-C em crianças com idades entre 4 e 13 anos, e 133 deles eram do sexo masculino. Desses casos, 96 (39%) eram hispânicos ou latinos e 75 (30%) eram negros, enquanto 34 (14%) eram brancos e 11 (4%) eram asiáticos ou das ilhas do Pacífico. As informações de raça e etnia não estavam disponíveis para 32 dos 248 casos de MIS-C.

Desde o início da pandemia, crianças de 18 anos ou menos foram responsáveis ??por cerca de 4 milhões (14%) de todos os casos de COVID-19 nos Estados Unidos, estima a Academia Americana de Pediatria. No entanto, esse número aumentou de forma constante no ano passado, com os jovens respondendo por cerca de um em cada cinco de todos os novos casos em todo o país.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2021.16420.