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A imunidade ao coronavírus pode persistir por anos, indica estudo

15 de julho de 2021 (Bibliomed). É sabido que indivíduos convalescentes com síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2) têm um risco significativamente menor de reinfecção. As células que retêm uma memória do vírus SARS-CoV-2 persistem na medula óssea por longo tempo e podem produzir anticorpos sempre que necessário, de acordo com um estudo publicado na revista Nature.

Ao encontrar um vírus pela primeira vez, as células B (plasmócitos B) proliferam rapidamente e produzem anticorpos em grandes quantidades. Assim que a infecção aguda é resolvida, um pequeno número de células passa a residir na medula óssea, bombeando continuamente níveis baixos de anticorpos.

Para examinar as células B de memória específicas para o novo coronavírus, pesquisadores da Washington University, em St. Louis, analisaram o sangue de 77 pessoas em intervalos de três meses, começando cerca de um mês após a infecção pelo coronavírus. Apenas seis dos 77 foram hospitalizados para Covid-19; o resto tinha sintomas leves.

Os níveis de anticorpos nesses indivíduos caíram rapidamente quatro meses após a infecção e continuaram a diminuir lentamente, permanecendo detectáveis pelo menos 11 meses após a infecção. Estes resultados que estão de acordo com os de outros estudos.

Mas, ao mesmo tempo, as células B de memória permanecem quiescentes na medula óssea, prontas para agir quando necessário. De forma consistente, células B de memória em repouso circulantes, direcionadas contra a proteína S do vírus, foram detectadas nos indivíduos convalescentes.

Assim, o estudo foi capaz de mostrar que a infecção por SARS-CoV-2 induz uma resposta imune humoral robusta, específica para o antígeno, de longa duração em humanos.

Fonte: Nature (2021). DOI: 10.1038/s41586-021-03647-4.

Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.

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