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Exposição materna à poluição aumenta risco de asma nos filhos

18 de junho de 2021 (Bibliomed). As crianças nascidas de mães expostas a altos níveis de poluição do ar por partículas ultrafinas durante a gravidez têm um risco significativamente aumentado de asma, indica um novo estudo. A poluição por partículas ultrafinas é menor do que a largura de um cabelo humano médio e pode penetrar profundamente nos pulmões e passar para o sangue.

Um novo estudo incluiu 376 mães e seus filhos, a maioria deles negros ou hispânicos, na área metropolitana de Boston, Estados Unidos. O estudo foi publicado em maio no American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine. Muitas das mulheres viviam em áreas próximas às principais rodovias de tráfego intenso, onde há maior exposição à poluição do ar por partículas ultrafinas.

Pouco mais de 18% das crianças cujas mães foram expostas a altos níveis desse tipo de poluição desenvolveram asma em seus anos pré-escolares, em comparação com 7% do total de crianças nos Estados Unidos. A maioria dos diagnósticos de asma entre as crianças do estudo ocorreu logo após os 3 anos de idade.

Tanto meninos quanto meninas foram afetados pela exposição pré-natal às partículas ultrafinas, mas as meninas foram mais sensíveis aos efeitos da poluição sobre o risco de asma quando expostas no final da gravidez, descobriu o estudo.

As razões para o surgimento da asma não são claras, mas pesquisas anteriores sugerem que pode ser devido aos efeitos de desregulação endócrina da exposição à poluição.

FONTE: Icahn School of Medicine no Monte Sinai. Press Release. May, 2021.