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Estudo Avalia Riscos de Reprodução Assistida em Gêmeos

NOVA YORK (Reuters Health) - Gêmeos concebidos por meios artificiais estão sob risco muito maior de sofrer complicações, deixando estes bebês sob "risco duplo", já que normalmente partos de gêmeos apresentam um grau maior de problemas, de acordo com pesquisadores em Israel.

Bebês gêmeos concebidos através da tecnologia de reprodução assistida (ART) estavam mais propensos a nascer prematuros e por cesariana, apresentar menor peso ao nascimento e passar mais tempo em unidades de terapia intensiva do que outros bebês, afirmam Yair Daniel, do Hospital Maternidade Lis, em Tel Aviv, Israel, e sua equipe na edição de outubro de Fertility and Sterility.

"Diversas razões podem explicar essas descobertas", sugerem os pesquisadores, incluindo o fato de que o grupo de ART tinha mães mais velhas (acima de 35 anos), que são "conhecidas como um grupo de alto risco para complicações de gravidez, cesariana e resultados de gravidez menos favoráveis".

Daniel e sua equipe acrescentam que o número de gestações anteriores da mãe também influenciou os resultados.

Os pesquisadores avaliaram 104 gestações de gêmeos concebidos por ART e compararam essas gestações a outros dois grupos: um correspondendo a 121 gestações de gêmeos concebidos sem assistência artificial e outro consistindo em 72 gestações de gêmeos concebidos com o uso de drogas para estimular a ovulação.

Daniel e sua equipe descobriram que "o segundo gêmeo do grupo de estudo pesava significativamente menos do que o segundo gêmeo dos (outros) dois subgrupos".

"Nosso estudo também dá suporte à controvérsia de que o segundo gêmeo apresenta um resultado mais pobre do que o do primeiro gêmeo", não importando o modo como a gravidez ocorreu, acrescentam os pesquisadores.

Sinopse preparada por Reuters Health

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