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Estudo associa reprodução assistida a problemas congênitos

20 de novembro de 2008 (Bibliomed). Os Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos anunciaram, nesta semana, que alguns defeitos no nascimento – incluindo problemas na parede do coração e fenda palatina e labial – podem ser de duas a quatro vezes mais comuns entre bebês concebidos por técnicas de reprodução assistida. Segundo os especialistas, os riscos aumentam na fertilização in vitro e na injeção intracitoplasmática de espermatozóide.

De acordo com os CDC, a reprodução assistida está se tornando cada vez mais comum, como mais de 1% das crianças sendo concebidas por essas técnicas e com tendência de crescimento ainda maior. Por isso, apesar das chances de defeitos no nascimento serem pequenas em bebês concebidos a partir dessas técnicas, eles destacam que “ainda é importante, para os pais que estão considerando usar tecnologia de reprodução assistida, pensar sobre todos os potenciais riscos e benefícios dessa tecnologia”.

Avaliando cerca de 13,5 mil mães de bebês nascidos com defeitos congênitos e mães de mais de 5 mil bebês sem esses problemas, os pesquisadores descobriram que aproximadamente 1% dos bebês sem defeitos no nascimento tinham sido concebidos pela reprodução assistida, enquanto 2,4% dos bebês com defeitos congênitos haviam sido gerados com a técnica.

As análises mostraram que, nos bebês gerados na reprodução assistida, os defeitos do septo cardíaco eram duas vezes mais comuns; fenda palatina/ labial eram 2,4 vezes mais comuns; a atresia de esôfago era 4,5 vezes mais comum; e a atresia anorretal (defeito congênito na região do ânus e reto) era 3,7 vezes mais freqüente, em comparação com bebês concebidos naturalmente.

Os especialistas destacam, porém, que o estudo não prova que a técnica seria responsável pelos defeitos congênitos ou se ela apresenta algum efeito adverso para o bebê. E, por isso, mais estudos são necessários para confirmação. “Mulheres sub-férteis podem ter um maior risco de ter uma criança com defeito congênito independentemente se tratamentos para a infertilidade forem usados”, disseram os autores.

Fonte: Human Reproduction. 16 de novembro de 2008.

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