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Medicamento para artrite pode encurtar internações hospitalares para COVID-19 grave

06 de abril de 2021 (Bibliomed). Em novembro de 2020, um estudo do Imperial College London, na Inglaterra, apontou o tocilizumabe, um medicamento para artrite, como vantajoso no tratamento da COVID-19. Contudo, um novo estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, sugere que ainda não se pode bater o martelo sobre seu uso.

Tocilizumab, ou Actemra, é um imunossupressor usado principalmente para tratar a artrite reumatoide e a artrite idiopática juvenil sistêmica, uma forma grave da doença em crianças. A droga tem como alvo e bloqueia os receptores celulares para a interleucina-6, ou IL-6, uma proteína que desencadeia a inflamação como uma resposta imunológica precoce à doença.

Em alguns pacientes com COVID-19, o sistema imunológico aumenta a IL-6, causando uma "tempestade de citocinas" que pode resultar em danos potencialmente fatais para os pulmões e outros órgãos.

Algumas pesquisas anteriores sugeriram que o tocilizumabe pode ajudar a prevenir tempestades de citocinas em pacientes com COVID-19 grave. Isso levou cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, a realizar um ensaio clínico de Fase 3 que incluiu mais de 400 pacientes com pneumonia COVID-19 grave em 62 hospitais em nove países.

A perfusão intravenosa de tocilizumabe foi administrada a 294 doentes, enquanto os outros 144 receberam um placebo inativo. Após 28 dias, não houve diferenças significativas no estado clínico ou nas taxas de mortalidade entre os pacientes que receberam a droga e aqueles que receberam o placebo. No entanto, ele foi capaz de encurtar as internações hospitalares e o tempo que esses pacientes passam em respiradores.

Fonte: New England Journal of Medicine. DOI: 10.1056/NEJMoa2028700.

Copyright © 2021 Bibliomed, Inc

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