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Desigualdade de renda aumenta mortes por COVID-19

09 de fevereiro de 2021 (Bibliomed). As regiões dos Estados Unidos com maiores níveis de desigualdade de renda têm taxas mais altas de infecções e mortes por COVID-19, de acordo com uma análise da University of Illinois-Urbana, nos EUA.

Com base em dados de 3.141 dos 3.142 condados em todo o país, os pesquisadores ligaram a desigualdade de renda a taxas de infecção por coronavírus de 2% a 4% mais altas e taxas de mortalidade 7% mais altas. As descobertas sugerem que em regiões onde as diferenças entre ricos e pobres são maiores, as diferenças no acesso a cuidados de saúde de qualidade podem "prejudicar a saúde da população".

Os pesquisadores mediram a desigualdade usando uma estatística chamada índice de Gini, uma proporção que reflete a diferença entre a renda familiar mais alta e a mais baixa em uma determinada população. Um índice de Gini de 0 indica "igualdade perfeita", enquanto uma medida de 100 sugere desigualdade máxima.

Para esta análise, os pesquisadores usaram dados de casos e óbitos de COVID-19 dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA e analisaram as tendências desses números usando dados de população e renda do censo de 2010 dos EUA.

Em todos os condados dos Estados Unidos, o índice de Gini médio variou de 25,7 a 66,5, de acordo com os pesquisadores. Os condados com índices de Gini mais altos tiveram taxas de infecção de COVID-19 de 2% a 3% mais altas e taxas de mortes causadas pelo vírus de 4% a 7% mais altas. Muitos dos condados com índices de Gini mais altos também tinham populações negras e hispânicas mais altas, embora isso não fosse verdade para todos.

De acordo com os pesquisadores, altos níveis de desigualdade de renda têm sido associados ao "colapso de sistemas sociais críticos e infraestrutura pública, incluindo educação, transporte e saúde". Segundo eles, com base em suas descobertas, "a desigualdade econômica racializada, não a raça" é um "fator de risco que produz iniquidades na saúde" durante a pandemia, com pessoas que vivem em áreas com alta desigualdade de renda tendo acesso desigual aos serviços, seguro e conhecimento em saúde.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2020.34578.