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Colombo pode não ter introduzido a sífilis na Europa

06 de outubro de 2020 (Bibliomed). O explorador Cristóvão Colombo, há muito acusado de trazer a sífilis do Novo Mundo para a Europa, pode ter recebido uma má reputação, sugere uma nova pesquisa da Universidade de Zurique, na Suíça.

Os pesquisadores descobriram vestígios da bactéria que causa a sífilis em restos arqueológicos humanos da Finlândia, Estônia e Holanda que antecedem as explorações de Colombo.  Eles também encontraram evidências de cepas bacterianas relacionadas em vestígios históricos - uma que causa uma doença chamada bouba, que ainda existe hoje em regiões tropicais e subtropicais, e outro, até então desconhecido, patógeno.

Ao analisar o código genético da bactéria, os pesquisadores descobriram que o predecessor de toda a sífilis moderna provavelmente evoluiu entre os séculos 12 e 16. Mas a diversidade recém-descoberta entre a família de bactérias que causa a sífilis pode indicar que a doença se originou ou se desenvolveu na Europa, potencialmente dissipando a antiga teoria de que Colombo e seus marinheiros desencadearam o surto após uma das quatro viagens entre 1492 e 1502.

A sífilis, uma doença sexualmente transmissível, se alastrou na Europa no final do século 15 e matou milhões nos dois séculos seguintes. Embora hoje a sífilis seja tratável quando detectada precocemente, ainda é uma doença que se espalha rapidamente. Os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde estimam que houve seis milhões de novos casos de sífilis em todo o mundo em 2016.

Fonte: Current Biology. DOI: 10.1016/j.cub.2020.07.058.

Copyright © 2020 Bibliomed, Inc.

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