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Crianças têm menor probabilidade de propagar COVID-19 quando assintomáticas

24 de setembro de 2020 (Bibliomed). Os adultos têm quase dez vezes mais probabilidade de serem portadores assintomáticos de COVID-19 do que as crianças, de acordo com uma análise publicada na revista JAMA Pediatrics.

Pouco mais de 1% das crianças que não tinham sinais ou sintomas externos de infecção testaram positivo para o vírus depois que foram internadas em um hospital em Milão por outros motivos.  Por outro lado, pouco mais de 9% dos adultos assintomáticos apresentaram COVID-19.

A pesquisa é baseada nos resultados da triagem COVID-19 para 214 pacientes no Hospital Fondazione Ca'Granda em Milão, Itália. Todos os 214 pacientes (83 crianças de 1 a 11 anos e 131 adultos de 57 a 84 anos) foram examinados para COVID-19 por razões de precaução na admissão ao hospital entre 1º de março e 30 de abril, apesar de não apresentarem sintomas.

Uma das 83 crianças assintomáticas e 12 dos 131 adultos assintomáticos testaram positivo para o vírus, e nenhum deles desenvolveu sintomas de infecção dentro de 48 horas após a admissão. Isso equivale a uma taxa de infecção de 1,2% entre crianças assintomáticas e 9,2% entre adultos assintomáticos. Onze dos 12 adultos com teste positivo para o vírus o fizeram no primeiro teste.

Os resultados indicam que as crianças podem não estar em maior risco do que os adultos como portadores assintomáticos de COVID-19, o que significa que eles podem não desempenhar um papel significativo como "facilitadores da propagação" do vírus. Contudo, os pesquisadores ressaltam que isso não significa que não se deve manter os protocolos de segurança para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, uma vez que as crianças podem desenvolver complicações em decorrência da doença.

Fonte: JAMA Pediatrics. DOI: 10.1001/jamapediatrics.2020.3595.

Copyright © 2020 Bibliomed, Inc.

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