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COVID-19 pode ter maior impacto nas favelas

24 de setembro de 2020 (Bibliomed). De acordo com as Nações Unidas, cerca de 1 bilhão de pessoas vivem em favelas. Numerosos estudos têm demonstrado que esta população é particularmente vulnerável a doenças infecciosas. A atual pandemia de COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, enfatiza esse problema.

As habitações frequentemente densas, juntamente com um grande número de pessoas por moradia e a falta de saneamento adequado são as razões pelas quais as medidas para conter a pandemia só funcionam de forma limitada nas favelas. Além disso, a atribuição a grupos de risco para cursos graves de COVID-19 causados ??por doenças não transmissíveis (por exemplo, doenças cardiovasculares) não é possível devido à disponibilidade inadequada de dados. As informações sobre as pessoas que vivem em favelas e seu estado de saúde não estão disponíveis ou existem apenas para regiões específicas. Um dos maiores problemas em relação à pandemia COVID-19 no contexto das favelas do Hemisfério Sul é a falta de dados sobre o número de pessoas, suas condições de vida e seu estado de saúde.

Um novo artigo publicado na revista médica Journal of Medical Internet Research Public Health and Surveillance faz uma avaliação da situação da pandemia na população que vive nas favelas.

Em primeiro lugar, o distanciamento social, que atualmente vem sendo implantado em grande escala em todo o mundo, é uma impossibilidade física nas favelas devido à alta densidade de prédios e pessoas por moradia. Além disso, é sabido que os residentes de países de renda baixa e média têm riscos aumentados de infecções respiratórias devido aos elevados níveis de poluição do ar.

Os moradores das favelas podem ser muito mais ameaçados por doenças graves devido à maior transmissibilidade da doença, maiores taxas de infecção por caso e maior letalidade.

Finalmente, as favelas e assentamentos informais são mal preparados para gerenciar a pandemia. Não se trata apenas de tratar os habitantes de assentamentos informais em nível de igualdade com o restante da população, mas também de fornecer-lhes um apoio especial para enfrentar de forma adequada os riscos associados às suas condições de vida.

Fonte: Journal of Medical Internet Research Public Health Surveill 2020;6(3):e19578.

Copyright © 2020 Bibliomed, Inc.

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