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25 de junho de 2020 (Bibliomed). Mais de 70% dos pacientes com COVID-19 tratados em cinco hospitais de Detroit são afro-americanos, fornecendo mais evidências de que as minorias raciais estão em maior risco com o novo coronavírus, de acordo com os resultados de uma análise publicada pela JAMA Network Open.
A pesquisa também mostrou que 94% dos mais de 450 pacientes incluídos no estudo tinham pelo menos uma condição de saúde subjacente, quase 40% deles foram admitidos na unidade de terapia intensiva e 25% necessitaram de suporte ventilatório.
De acordo com os resultados, os homens têm duas vezes mais chances de precisar de cuidados na UTI, do que aqueles com obesidade grave ou doença renal crônica. No geral, 72% dos pacientes incluídos na análise eram afro-americanos, e quase 64% deles tinham pressão alta, enquanto cerca de 40% tinham doença renal crônica ou diabetes. Por fim, mais de 60% desses pacientes desenvolveram falta de ar grave causada pelo COVID-19.
Apesar de representarem menos de 20% da população total dos Estados Unidos, os afro-americanos representam um terço de todos os pacientes hospitalizados com COVID-19, estima o Centers for Disease Control and Prevention.
Em Michigan, em 14 de maio, os afro-americanos representavam 32% de todos os casos de COVID-19 e 41% das mortes causadas pelo vírus, apesar de constituírem apenas 14% da população do estado, segundo os autores do relatório JAMA.
Para os autores, fatores como salários mais baixos, condições precárias de trabalho, empregos críticos em infraestrutura, taxas mais altas de pobreza, falta de acesso a um veículo particular e dependência de transporte público e condições de moradia instáveis ??ou lotadas tornam as estratégias preventivas, como distanciamento social, mais difíceis de manter entre essa população.
Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2020.12270.
Copyright © 2020 Bibliomed, Inc.
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