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Viuvez está ligada a maior declínio cognitivo em idosos

26 de maio de 2020 (Bibliomed). Para reduzir a crescente incidência de comprometimento clínico devido à Doença de Alzheimer é essencial definir idosos com maior risco. A viuvez pode ser um fator não reconhecido que contribui para a progressão clínica acelerada da Doença de Alzheimer entre adultos mais velhos cognitivamente intactos.

Pesquisadores do Brigham and Women's Hospital, nos Estados Unidos, usaram dados do Harvard Aging Brain Study para identificar 257 participantes casados, viúvos e solteiros (ou seja, nunca casados, divorciados ou separados, com idade média de 73,5 anos). As avaliações da linha de base avaliaram os níveis neocorticais de ß-amilóide, uma proteína que tem sido relacionada com a Doença de Alzheimer, usando a tomografia de emissão de pósitrons do composto B de Pittsburgh e quatro avaliações cognitivas anuais (coletadas de setembro de 2010 a fevereiro de 2017).

Os pesquisadores descobriram que, em comparação com os participantes casados, os viúvos demonstraram pior desempenho cognitivo após o ajuste para idade, sexo, status socioeconômico, depressão e níveis de ß-amilóide. Não houve diferenças entre os participantes casados ??e não casados. O declínio cognitivo foi ainda mais acentuado entre os participantes viúvos com maiores níveis basais de ß-amilóide, indicando associações independentes e interativas dos níveis de ß-amilóide e viuvez com a cognição. A taxa de declínio cognitivo entre os participantes viúvos com ß-amilóide alto foi quase três vezes mais rápida do que entre os participantes casados ??com ß-amilóide alto.

Esses achados sugerem que a viuvez pode ser um fator de risco pouco estudado para declínio cognitivo associado à doença de Alzheimer. Os autores do estudo destacam a necessidade de maior pesquisa e atenção clínica a esse grupo de alto risco.

Fonte: JAMA Netw Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2020.0121.