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Hidroxicloroquina ineficaz na COVID-19, diz estudo

11 de maio de 2020 (Bibliomed). A hidroxicloroquina tem sido amplamente administrada a pacientes com Covid-19 sem evidências robustas que apoiam seu uso. Novo estudo realizado pela Columbia University Irving Medical Center, nos Estados Unidos, examinou a associação entre o uso de hidroxicloroquina e intubação ou morte em pacientes diagnosticados com COVID-19.

O estudo considerou dados de pacientes hospitalizados no Presbyterian Hospital (NYP) diagnosticados com COVID-19, excluindo aqueles que foram intubados morreram ou receberam alta dentro de 24 horas após a chegada ao departamento de emergência.

Dos 1.446 pacientes que deram entrada no hospital, 70 foram intubados, morreram ou receberam alta dentro de 24 horas, sendo assim excluídos. Nos 1.376 pacientes restantes, durante um seguimento médio de 22,5 dias, 811 (58,9%) receberam hidroxicloroquina (600mg duas vezes no primeiro dia, depois 400mg diariamente por uma mediana de cinco dias); 45,8% dos pacientes foram tratados 24 horas após a apresentação no pronto-socorro e 85,9% dentro de 48 horas.

Os pacientes tratados com hidroxicloroquina estavam mais gravemente doentes na linha de base do que aqueles que não receberam o medicamento. Foram intubados 180 pacientes, dos quais 66 morrem, e 166 morreram sem intubação. Na análise principal, não houve associação significativa entre o uso de hidroxicloroquina e intubação ou morte, resultados semelhantes aos de análises de sensibilidade múltipla.

 Com base nesses resultados, os pesquisadores concluíram que, em pacientes internados com COVID-19, o uso de hidroxicloroquina não foi associado a um risco menor de intubação ou morte, de forma que a sugestão de tratar pacientes com COVID-19 com hidroxicloroquina deve ser retirada.

Fonte: The New England Journal of Medicine. 07 de maio de 2020.

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