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Segurança e eficácia do uso do lítio em crianças e adolescentes

07 de maio de 2019 (Bibliomed). Muitos médicos relutam em usar agentes estabilizadores do humor tradicionais, especialmente o lítio, em crianças e adolescentes. Uma revisão apresentada no 27th European Congress of Psychiatry (EPA 2019), que ocorreu de 06 a 09 de abril de 2019, em Varsóvia, Polônia, examinou as evidências de segurança e eficácia do lítio nessa população.

Para tal, foi realizada uma revisão sistemática sobre o uso de lítio em crianças e adolescentes com transtorno bipolar (THB), buscando identificar artigos relevantes sobre o tema publicados até 30 de junho de 2018 nas bases de dados eletrônicas MEDLINE, Embase, PsycINFO e Cochrane Library, combinando a estratégia de busca de termos de texto livre e títulos MESH explodidos para o tópico do tratamento com lítio em crianças e adolescentes. A estratégia foi desenvolvida primeiramente no MEDLINE e depois adaptada para uso em outros bancos de dados.

Ao todo, 30 artigos preencheram os critérios de inclusão, incluindo 12 ensaios clínicos randomizados (ECR), que demonstram eficácia para mania aguda em até 50% dos pacientes e evidências de eficácia de manutenção a longo prazo. O lítio foi geralmente seguro, pelo menos a curto prazo, com efeitos colaterais mais comuns sendo os gastrointestinais, poliúria ou cefaleia. Apenas uma minoria dos pacientes apresentou hipotireoidismo. Nenhum caso de lesão renal aguda ou doença renal crônica foi relatado.

De posse desses resultados, os pesquisadores concluíram que, embora a literatura disponível seja em sua maioria de curto prazo, há evidências de que a monoterapia com lítio é razoavelmente segura e eficaz em crianças e adolescentes, especificamente para mania aguda e para prevenção de episódios de humor.

Fonte: 27th European Congress of Psychiatry (EPA 2019), 06 a 09 de abril de 2019, Varsóvia – Polônia.

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