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Por Charnicia E. Huggins
NOVA YORK (Reuters Health) - Os efeitos do estresse e da rejeição durante a gravidez podem ter efeito direto no peso dos bebês no momento do nascimento, sugerem resultados de um novo estudo.
"Mulheres que apresentam altos níveis de estresse diagnosticado e mulheres com atitudes negativas em relação a sua gravidez (estão) mais propensas a ter um bebê com baixo peso", afirmou Marjorie R. Sable, da Universidade de Missouri-Colúmbia, à Reuters Health.
Entrevistas com cerca de 2.400 mães revelaram que uma mulher que rejeitava sua gravidez estava 73 por cento mais propensa a ter um bebê de peso muito mais baixo -- inferior a 1,6 quilo na hora do nascimento -- do que um bebê de peso normal ou moderadamente baixo.
Mulheres infelizes com sua gravidez também estavam 50 por cento mais propensas a dar à luz bebês de peso muito baixo.
Os pesquisadores explicaram que mulheres que rejeitam a gestação podem estar menos propensas a receber tratamento pré-natal adequado.
De acordo com Sable, essas mulheres também podem estar menos propensas a adotar mudanças no estilo de vida que poderiam significar melhores resultados da gravidez, como praticar exercícios, parar de fumar e beber, melhorar a dieta.
Por outro lado, fatores de estresse como fazer uma hipoteca ou empréstimo ou a morte de um membro familiar próximo protegeram a mãe de ter um bebê de baixo peso ao nascimento.
Sable e sua equipe especulam que a capacidade de fazer uma hipoteca é indicativo de planejamento futuro e pode ser combinado a outras atividades como um cuidado maior com a saúde.
Além disso, o estudo indica que, uma vez que uma condição socioeconômica baixa é um fator de risco para baixo peso ao nascimento, fazer uma hipoteca ou um empréstimo pode ser um indicativo de uma renda maior.
A morte de um membro familiar próximo pode ajudar a fortalecer o senso de valor à vida de uma gestante e, portanto, pode servir como um catalisador para ela se esforçar mais para garantir a saúde do bebê.
Os cientistas acreditam que o apoio social durante o período de perda pode ampliar um suporte e um encorajamento adicionais para a gestante.
"Estas descobertas são aplicáveis a todas as mulheres", destacou Sable. "Mesmo mulheres com uma renda boa e seguro de saúde podem ser avaliadas para estresse e atitudes relacionadas à gravidez", aconselhou a pesquisadora.
"Com os efeitos do estresse no peso na hora do nascimento, a intervenção que tem como foco a redução do estresse e dirige os efeitos de eventos importantes da vida e atitudes em relação à gestação pode ser um método importante na redução de peso muito baixo do recém-nascido", afirmou Sable.
Sable e Deborah Schild Wilkinson analisaram dados do Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano/Pesquisa de Saúde Maternal e Infantil de Missouri. As descobertas do estudo serão publicadas na edição de novembro e dezembro do Family Planning Perspectives (Perspectivas de Planejamento Familiar).
Sinopse preparada por Reuters Health
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