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Mutações de Genes são Associadas a Aborto Tardio

NOVA YORK (Reuters Health) - As mutações nos genes para dois fatores de coagulação podem triplicar o risco de aborto no segundo e terceiro trimestres de gravidez, sugerem resultados de um estudo.

Abortos nesses estágios da gravidez são geralmente associados a anormalidades na placenta que reduzem o suprimento sanguíneo para o feto.

Os fatores de coagulação anômalos, causados por mutação genética, têm sido relacionados a problemas na placenta, segundo a equipe de Ida Martinelli da Universidade de Milão, Itália.

Como a associação entre essas mutações e abortos não eram claras, os pesquisadores procuraram por essas mutações em 67 mulheres que sofreram abortos em estágios avançados da gravidez sem motivo aparente.

De acordo com a pesquisa, as mulheres que abortaram tinham probabilidade mais de duas vezes maior que as demais de ter genes mutantes para o fator de coagulação V e para a protrombina. Por outro ângulo, o trabalho mostrou que as mulheres portadoras dessas mutações corriam risco 3,3 maior que as demais de sofrer um aborto no segundo ou terceiro trimestre de gravidez. O estudo foi publicado na edição de 5 de outubro do New England Journal of Medicine.

Os pesquisadores verificaram que anomalias na placenta apareciam em proporções similares em mulheres com e sem mutações genéticas, indicando que um fator ainda ignorado poderia provocar esses abortos.

Como as mulheres que sofrem abortos tardios têm 16 por cento de probabilidade de apresentar mutações no gene do fator de coagulação, a equipe recomenda que exames específicos para detecção do problema sejam feitos naquelas que já enfrentaram o problema.

Novas pesquisas terão de avaliar se elas devem ser tratadas com anticoagulantes para evitar o aparecimento de problemas de placenta e novos abortos.

Sinopse preparada por Reuters Health

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