Folhetos de saúde

Ansiedade e a compulsão por doces

© Equipe Editorial Bibliomed

Compulsão por Doces: qual a origem desse problema?

O consumo compulsivo de doces está ligado a problemas psíquicos e orgânicos. Esta é a conclusão de vários especialistas em nutrição, que se basearam em pesquisas e entrevistas pessoas que tem uma vontade quase irresistível de comer doces. Estes especialistas verificaram que a voracidade por bombons pode ser tão doentia quanto a dependência do álcool ou drogas.

Como o consumo excessivo de doces é tradicionalmente explicado?

A ingestão de doces geralmente é para compensar algum problema emocional ou melhorar o humor de quem sofre da compulsão. Mas, depois, é comum que os devoradores de doces comecem a ter pesadelos com a balança. É natural: nas últimas décadas as pessoas seguem padrões de beleza que as obrigam a desejar um corpo esguio e perfeitamente modelado.

Qual a relação entre ansiedade e a compulsão por doces?

Como muitas pessoas com transtornos alimentares parecem também sofrer de depressão ou ansiedade, alguns pesquisadores acreditam que pode haver uma relação entre estes problemas. Eles afirmam que a compulsão pode ser uma adaptação do organismo para suprir um desbalanceamento entre a noradrenalina e serotonina, dois dos neurotransmissores responsáveis pela comunicação entre os neurônios.

Qual a base científica dessas teorias?

Estudos recentes mostram que as pessoas que sofrem de um desequilíbrio no sistema Serotonina/Noradrenalina podem exibir também uma disfunção alimentar ligada a distúrbios psiquiátricos. A serotonina também interfere no estado de humor e na sonolência; quando há uma diminuição dessa substância no cérebro, a pessoa sentiria necessidade de ingerir açúcar.

Quer dizer que quem gosta de doces está proibido de comê-los?

Não. É possível comer sem culpa, desde que haja um mínimo de autodisciplina. Todo mundo sabe que o regime ideal requer um pouco de cada alimento, como as verduras, carnes, frutas, legumes e cereais.

Como é composta uma alimentação saudável?

A alimentação ideal deve ter aproximadamente 55% de carboidratos, 30% de gorduras e 15% de proteínas. Com esta proporção, os carboidratos ou açúcares deixam de ser os grandes vilões da dieta: ao comer um bolo ou um sorvete de creme ninguém ganha uns quilinhos apenas por causa do açúcar, mas também pela manteiga, leite e creme da mistura.

Qual pode ser a origem da vontade irresistível de comer doces?

Há teorias que consideram a preferência por doces uma maneira de compensar hábitos introduzidos desde a infância: as mães costumam adoçar o leite das mamadeiras; quando a criança é bem comportada, ganha um refrigerante; à partir da adolescência, os namorados se presenteiam com bombons. O doce adquire assim, um significado afetivo na maioria das famílias. E ao haver uma carência de afeto, a compensação pode ser buscada no próprio doce.

Como driblar o hábito de comer doces o tempo todo?

Uma manobra interessante é a pessoa tentar ingerir mais vegetais, como os espargos, que diminuem esta vontade de atacar a geladeira. Quem tem uma vontade incontrolável de comer doces e não é diabético, pode optar por compotas de frutas ou outros doces sem gordura. O importante é driblar esta vontade, com frutas, doces dietéticos e exercícios físicos que aumentam a serotonina, dando sensação de bem estar.

MAS LEMBRE-SE: quando a situação for difícil de contornar, um profissional especializado, como um psiquiatra, pode ser de ajuda para o paciente, para o tratamento de distúrbios da ansiedade que podem estar associados a este quadro.

Fonte: Bibliomed (www.bibliomed.com.br)