Cientistas resolvem o mistério-chave da resposta imunológica humana

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Pela primeira vez, os cientistas observaram a técnica que as células dendríticas usam para informar as células T sobre a ameaça da doença. A descoberta, realizada por uma equipe do Instituto Francis Crick em Londres, pode ajudar os pesquisadores médicos a desenvolver novos tratamentos de imunoterapia para o câncer e outras doenças.

As células dendríticas são um tipo de célula imune responsável por apresentar evidências de um patógeno invasor às células T, que desempenham uma variedade de funções relacionadas ao sistema imunológico, incluindo o recrutamento de outros tipos de anticorpos que combatem infecções.

Quando uma célula é infectada, suas proteínas são transformadas para indicar o problema. Para que o corpo forneça uma resposta imune, as células dendríticas devem mostrar as proteínas alteradas às células T.

Até agora, os cientistas não tinham certeza de como as células dendríticas realizavam essa tarefa. Quando as células dendríticas encontram uma célula que está doente e morrendo, elas coletam fragmentos da célula infectada e os armazenam em pequenos bolsões chamados fagossomas.

Ao estudar as células do sistema imunológico de camundongos, os pesquisadores descobriram que os bolsões de células dendríticas, uma vez cheios de fragmentos, se abriram, liberando as proteínas deformadas. As proteínas liberadas são quebradas em pedaços menores e nadam em direção à membrana celular, onde podem ser transportadas para o exterior da célula e recebidas pelas células T.

A nova análise mostrou que o gene DNGR-1 é a chave para esse processo. Agora, os pesquisadores estão procurando rastrear com precisão e obter novos insights sobre o caminho que os fragmentos de células mortas percorrem da célula infectada à célula dendrítica e à célula T. Eles esperam que a análise revele as maneiras pelas quais essa via de resposta imunológica pode ser interrompida, bem como estratégias potenciais para fortalecer o mecanismo, o que pode levar a novas formas de explorar as defesas naturais do organismo humano contra infecções e cânceres.

Fonte: Nature Immunology. DOI: 10.1038/s41590-020-00824-x.

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