Artigos de saúde
Neste Artigo:
- A Asma e suas Causas
- Tipos de Tratamento
- A Asma na Infância e o
Uso de Corticosteróides
- Uso de broncodilatadores
A asma é uma doença grave que afeta pessoas de todas as idades, culturas e localizações geográficas. Embora cada pessoa possa apresentar sintomas diferentes, a definição de asma é muito específica. A doença consiste em um distúrbio inflamatório crônico dos pulmões, caracterizada por chiado, falta de ar, opressão torácica e tosse, a qual estima-se afetar mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo. É por vezes uma doença grave e potencialmente fatal. Apesar dos esforços para reduzir a morbidade e a mortalidade associadas à asma, a doença parece estar em ascensão, especialmente entre crianças.
A asma é uma afecção grave que pode ter um impacto significativo na qualidade de vida de uma pessoa, e pode resultar em falta às aulas ou ao trabalho, bem como visitas não programadas ao médico ou ao hospital. Embora não haja cura, é uma doença que pode ser controlada, permitindo que a maioria das pessoas leve uma vida produtiva e ativa.
Também conhecida como "bronquite asmática" ou como "bronquite alérgica", a doença acomete os pulmões e se acompanha de uma inflamação crônica dos brônquios. Os conhecimentos iniciais sobre a asma eram restritos, mas com os avanços da medicina nas últimas décadas, passou-se a conhecer melhor as suas causas, mecanismos envolvidos, surgindo novos medicamentos e tratamentos.
A crise da asma pode ser assim descrita: tosse improdutiva, respiração curta, cansaço, chiado, rosto suado, inquietação, choro, às vezes prostração ou vômitos ocasionais. Tudo isso ocorre porque existe um obstáculo ao livre trânsito do ar nas vias aéreas: os brônquios e bronquíolos, que conduzem ar respirado para os pulmões, são elásticos e seu tamanho interno aumenta ou diminui durante os movimentos respiratórios. Numa crise de asma, os brônquios estão diminuídos de tamanho (broncoespasmo), a mucosa que reveste as vias aéreas está inchada (edema) e as glândulas que produzem muco trabalham em excesso (levando a uma tosse com secreção). Estas alterações ocorrem em determinadas áreas dos pulmões, enquanto outras partes do pulmão estão bem e procuram compensar a oxigenação do organismo. Ao mesmo tempo, são acionados mecanismos de defesa que auxiliam na melhora da crise e na resposta aos remédios.
Entretanto, é importante que uma crise seja prontamente medicada, pois os mecanismos naturais de compensação podem ser ultrapassados com piora da falta de ar e do sofrimento do doente. As crises, portanto, podem variar de intensidade. Quanto mais cedo se aprende a reconhecer os sintomas iniciais, mais facilmente se consegue evitar que uma crise forte se instale. A maioria das crises fortes pode ser prevenida porque a obstrução usualmente progride em vários dias, havendo tempo para um tratamento, antes que se torne grave e fatal. É rara uma crise súbita e rápida. O que acontece na maior parte das vezes é que o paciente não valoriza os sintomas, o próprio médico pode não avaliar adequadamente a gravidade do caso e uma crise pode complicar-se.
Os medicamentos são de dois grupos: aqueles usados em crises, que combatem os sintomas da doença, neste caso utilizam-se broncodilatadores e antiinflamatórios; e aqueles usados para prevenir crises.
O tratamento vai depender de uma série de fatores, tais como o tipo de crise. Cada pessoa é uma pessoa, cada crise é uma crise e o tratamento vai ser diferente em cada ocasião da vida do paciente. O importante é seguir as recomendações do seu médico, que o ajudará a escolher o melhor tratamento.
No entanto, o tratamento inadequado de pacientes com asma persistente é mais comum do que se poderia imaginar. O consenso geral aponta para a necessidade de comunicação mais clara entre médicos e pacientes para conter a crescente epidemia mundial da doença.
A Asma na Infância e o Uso de Corticosteróides
A asma é uma doença muito comum na infância e uma em cada 10 crianças tem asma. Falta de ar, tosse, chiado, noites mal dormidas, consulta a médicos, nebulizações, injeções e, o que é pior, limitações em jogos e brincadeiras, acabam deixando a criança insegura, assustada, sem entender o que está acontecendo.
Os corticosteróides, orais ou inalatórios, correspondem a um grupo de medicamentos que têm grande utilidade e destaque no tratamento da asma. Eles diminuem a inflamação e as respostas do sistema imunológico aos alergênicos, aos quais a pessoa é sensível. O conhecimento atual de que a asma é uma doença inflamatória crônica tem justificado a administração cada vez maior e mais precoce dos corticosteróides, como tratamento preventivo para as crianças. Estes medicamentos têm demonstrado efetividade independente da gravidade da asma, o seu uso precoce associa-se à prevenção de alterações estruturais, controle dos sintomas, redução das exacerbações agudas (hospitalizações) e melhora da função pulmonar.
1. Droga de escolha.
Os broncodilatadores (salbutamol, terbutalina) são as drogas de escolha na
asma aguda e têm rapidez de ação e poucos efeitos colaterais.
2. Esquema de tratamento.
Salbutamol pela via inalatário. Administrar dose de ataque de 4 jatos (aerosol
dosificado 100 mg/jato) e seguida de 2 jatos, com
intervalo de 20 a 30 minutos, até conseguir melhora clínica.
3. Associação de broncodilatadores.
A associação de brometo de ipratropium ajuda no tratamento potencializando o
efeito broncodilatador do salbutamol.
No caso de crises graves ou que não respondam ao tratamento a criança deve ser encaminhada para o pronto atendimento.
Pacientes com sinais clínicos de maior gravidade ou sinais de risco eminente como silêncio respiratório, extremidades azuladas, muita falta de ar, consciência alterada, pulsos fracos ou transpiração devem ser encaminhadas para hospitalização imediatamente.
Copyright © 2006 Bibliomed, Inc. 22 de Julho de 2006
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