Artigos de saúde
Doenças refrativas
© Equipe Editorial Bibliomed
Neste artigo:
- Introdução
- Miopia
- Hipermetropia
- Presbiopia
- Astigmatismo
Os olhos são compostos por milhões de células responsáveis por receber as ondas luminosas e as transformarem em impulsos nervosos que são compreendidos pelo cérebro e formam o que enxergamos. A visão é responsável por 85% das informações processadas no cérebro.
No processo de formação da visão, a luz refletida pelos objetos atravessa a córnea, a pupila, o cristalino e chega à retina, onde células especializadas codificam a imagem e o nervo óptico leva o estímulo para o cérebro. Contudo, podem ocorrer distúrbios visuais, chamadas de doenças refrativas. As mais comuns são a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo.
A imagem abaixo exemplifica as principais doenças refrativas.
Miopia é um distúrbio visual cuja principal característica é a dificuldade de ver de longe. Em uma pessoa com visão normal, os raios de luz passam pela córnea, que é a primeira lente do olho, e quando chegam à outra lente, a retina, eles se juntam em um mesmo ponto para formar a imagem. Em pessoas com miopia, a imagem se forma antes dos raios de luz chegar na retina, fazendo com que a pessoa tenha dificuldade de enxergar de longe.
Pessoas com miopia podem corrigir a visão com óculos ou lentes de contato, prescritos por oftalmologista, respeitando o grau de cada olho. Existe a possibilidade de fazer cirurgia refrativa, mas para isso é preciso que a córnea tenha uma espessura adequada e o grau esteja estabilizado, o que acontece por volta dos 18 a 21 anos. Contudo, há casos onde o grau pode demorar mais a se estabilizar.
A hipermetropia é a dificuldade de enxergar de perto. Nesses pacientes, a imagem se forma depois da retina, e com isso a visão de perto fica desfocada. Assim como na miopia, pessoas com hipermetropia podem usar óculos e lentes de contato corretivas, e também fazerem a cirurgia de correção, desde que o grau esteja estabilizado e a córnea tenha a espessura adequada.
A presbiopia é popularmente conhecida como "vista cansada", é a perda gradual e irreversível da capacidade dos olhos de focar em objetos que estão próximos. É uma condição extremamente comum e acompanha o processo natural de envelhecimento, e começa a ser mais perceptível a partir dos 40 anos.
Na presbiopia, a dificuldade de visão se dá porque o cristalino, uma das lentes naturais do olho, torna-se mais rígido e perde a capacidade de mudar de forma com facilidade, dificultando a capacidade de focar.
Não é possível interromper ou reverter o processo da presbiopia, mas óculos ou lentes de contato podem ajudar na correção da visão. Caso a pessoa não corrija a presbiopia, ela pode sentir dores de cabeça e fadiga ocular.
É possível, também, realizar uma cirurgia para correção da presbiopia, que pode ser feito de duas formas: trocando-se o cristalino natural por uma lente intraocular ou corrigindo o tamanho da córnea com laser para compensar a falta de elasticidade do cristalino. Contudo, é preciso que cada paciente passe por uma avaliação com um oftalmologista e faça exames adequados para avaliar a possibilidade de realizar a cirurgia sem riscos.
O astigmatismo se caracteriza pela visão "embaçada" ou distorcida. Ela ocorre porque a córnea tem uma forma irregular. Pacientes com astigmatismo podem apresentar fadiga ocular, dores de cabeça e dificuldades em enxergar à noite.
As principais causas são genética, sendo uma condição encontrada em vários membros de uma mesma família, formato anormal da córnea e/ou do cristalino, e lesões oculares. O tratamento é feito por óculos ou lentes de contato, ou ainda por meio de cirurgia refrativa.
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