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Narcolepsia

© Equipe Editorial Bibliomed

Neste Artigo:

- O que sente a pessoa afetada?
- Quais as possíveis complicações?
- Que exames devem ser feitos?
- Existe tratamento?

A Narcolepsia é um distúrbio crônico do sono, de causa desconhecida, caracterizado por um torpor intenso durante o dia e ataques súbitos de sono.

As pessoas afetadas pela Narcolepsia sentem uma dificuldade enorme para permanecerem acordadas por longos períodos durante, a despeito de onde ou do que estejam fazendo.

É comum a Narcolepsia ser confundida com depressão, epilepsia, desmaios ou simples falta de sono. Contudo, esta doença é um distúrbio crônico e que não desaparece completamente.

Apesar de não existir uma cura, vários medicamentos e mudanças nos hábitos de vida são capazes de reduzir os sintomas.

O que sente a pessoa afetada?

Em geral, os sinais e sintomas da Narcolepsia surgem entre os 10 e 25 anos de idade, sendo rara após os 40 anos. A narcolepsia é um distúrbio crônico, o que significa que seus sintomas podem variar em intensidade, mas dificilmente desaparecerão por completo.

As principais manifestações da Narcolepsia incluem:

- Sono excessivo durante o dia: a sensação de cansaço, o baixo nível de atenção e a necessidade de dormir durante o dia são intensas, quase incontroláveis. As pessoas que sofrem de narcolepsia podem pegar no sono subitamente, sem qualquer aviso, em qualquer lugar e a qualquer momento. Por exemplo: a pessoa pode "desligar" de repente no trabalho ou enquanto está conversando com amigos, dormindo então por alguns minutos ou até meia hora. Ao acordar, ela se sente bem e revigorada, mas então cai no sono novamente.

- Perda súbita do tônus muscular: esta alteração, conhecida como cataplexia, afeta 70% das pessoas com narcolepsia e pode causar várias alterações, desde dificuldades na fala até uma fraqueza completa, durando de alguns poucos segundos até vários minutos. A cataplexia é incontrolável e, freqüentemente, desencadeada por emoções intensas (p.ex.: alegria, excitação, medo, surpresa ou raiva). Algumas pessoas com narcolepsia experimentam apenas 1 ou 2 episódios de cataplexia por ano, mas outras podem sofrer vários episódios em um único dia.

- Paralisia do sono: pessoas com narcolepsia freqüentemente experimentam uma incapacidade de se mover ou falar enquanto estão pegando no sono ou acordando. Estes episódios costumam ser breves, com poucos segundos ou minutos de duração, mas podem ser extremamente assustadores.

- Alucinações: podem ocorrer quando a pessoa que sofre de narcolepsia cai subitamente em um sono REM (fase do sono em que ocorrem os sonhos). A rápida alternância entre realidade e sono REM pode gerar confusões, dificultando a diferenciação entre um e outro, causando alucinações.

Quais as possíveis complicações?

A narcolepsia pode resultar em vários problemas graves, tanto na esfera profissional quanto pessoal. Algumas pessoas afetadas são rotuladas como sendo preguiçosas ou mal-educadas. O rendimento escolar ou no trabalho tende a cair, e a sonolência excessiva pode afetar o apetite sexual – algumas pessoas com narcolepsia podem cair no sono durante o ato sexual.

Os ataques de sono também aumentam consideravelmente o risco de acidentes domésticos e automobilísticos.

Que exames devem ser feitos?

A história dos seus sintomas permite ao médico suspeitar do diagnóstico, mas serão necessários alguns testes para avaliar a presença do distúrbio. O principal deles é a Polissonografia.

Para realizar uma polissonografia, a pessoa passa a noite em um laboratório que lembra bastante um quarto de hotel. A diferença está no uso de sensores que monitoram vários parâmetros do sono durante noite inteira.

Existe tratamento?

A narcolepsia não pode ser curada, mas existem várias medidas capazes de aliviar a repercussão dos sintomas, tais como remédios estimulantes (p.ex.: modafinil, metilfenidato), antidepressivos (ajudam a aliviar a cataplexia, as alucinações e a paralisia do sono) e Oxibato de Sódio (um remédio específico para melhorar o sono noturno em pessoas que sofrem de narcolepsia).

É importante evitar remédios que podem causar sonolência, como alguns antialérgicos e antigripais.

Finalmente, algumas alterações nos hábitos de vida são valiosas para controlar a narcolepsia:

- Mantenha um horário fixo para dormir e acordar, inclusive nos finais de semana.

- Reserve algum tempo para tirar pequenos cochilos estratégicos ao longo do dia.

- Evite cigarro e bebidas alcoólicas. Estas substâncias podem piorar as manifestações da doença.

- Pratique regularmente alguma forma de atividade física.

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