Artigos de saúde
Neste Artigo:
- Negação
- Ansiedade
- Depressão
- Superproteção
- Estresse
As pessoas lidam com o fato de terem uma doença cardíaca de muitos maneiras
diferentes. O modo como um portador de uma cardiopatia lida com seus sentimentos
acerca de sua doença pode ser uma parte importante para sua recuperação.
Embora as pessoas sejam diferentes, muitas delas têm sentimentos semelhantes
acerca do fato de serem portadoras de uma doença do coração. Alguns dos
sentimentos comuns são a negação, ansiedade, depressão, medo de ser
super-protegido pela família e medo de tornar-se um inválido. Não há nenhuma
razão para temer estes sentimentos; eles normalmente não duram muito, e
conhecendo-os, o paciente talvez poderá lidar melhor com eles. Se você for um
portador ou portadora de uma doença cardíaca, converse com seu médico, seus
familiares, com o seu conselheiro religioso, ou ainda, com os seus amigos acerca
de seus sentimentos.
À seguir, vamos conhecer como cada um destes sentimentos se manifesta nestas
situações:
Negação
Geralmente o paciente pensa: “Como isso pode estar acontecendo comigo?” A
negação é uma reação comum, e, até certo ponto, útil, porque acaba por ajudar a
proteger temporariamente o paciente de uma situação de estresse.
Para o próprio bem do paciente, com o decorrer do tempo a Negação deverá
desaparecer – é que o paciente deverá aprender a aceitar a doença, para o bem de
seu tratamento e para a adaptação a uma vida futura.
Ansiedade
A ansiedade é uma reação normal a uma situação nova, assustadora e/ou
desconhecida. O paciente portador de uma doença cardíaca poderá se sentir tenso,
nervoso, ou irritável. Estes sentimentos normalmente vêm da incerteza acerca da
vida presente e futura, que normalmente ocorre no período de recuperação, ou de
como será a readaptação ajustará ao ambiente familiar.
Para melhor lidar com esta situação, o paciente deverá ser estimulado a falar
acerca destes sentimentos com as pessoas que o rodeiam. A conversa entre o
paciente e os seus familiares pode ser também útil para eles: é natural que a
família de um paciente cardiopata, em recuperação, se sinta também com medo e
insegura. Conversar pode ajudar a reduzir este medo.
Deve-se tentar utilizar da melhor maneira possível as orientações dadas no
Hospital acerca de como o paciente deverá se comportar em casa, e como deverá
ser o relacionamento dos seus familiares com ele. Estas informações ajudarão o
paciente a se sentir mais confiante, reduzindo a sua que ansiedade.
Depressão
O paciente com uma doença cardíaca freqüentemente poderá sentir-se triste, só,
ou irritado - estes são alguns dos sinais de uma depressão.
A Depressão pode resultar fora do enfado ou da inatividade. Como conseqüência, o
paciente pode desenvolver uma sensação de “fraqueza”, o que pode a tornar a
recuperação mais lenta.
Muitos pacientes entram em depressão após retornarem para casa. Uma boa maneira
para lidar com a depressão é tentar permanecer ativo. Mesmo que o paciente
simplesmente não consiga voltar a realizar todas as suas atividades, a sua força
e atividade irão aumentar progressivamente. O paciente deverá viver um dia de
cada vez, com um progresso lento porém continuado. O foco deve ser “no que
fazer”, e não no que “não se pode fazer”.
Superproteção
Os familiares e amigos de um paciente portador de uma cardiopatia podem se
tornar superprotetores – as pessoas, em geral, podem ter medo do que aconteceu
ao doente, e podem querer protegê-lo de mais danos, ou poupar-lhe um sofrimento
adicional. Estes sentimentos são normais, até certo ponto.
Se o paciente começar a se irritar ou se sentir frustrado por este fato (de se
sentir superprotegido), deve falar francamente com aqueles que o cercam. As
pessoas que cercam o paciente devem procurar avaliar se estão sendo
superprotetores – a melhor atitude é a de procurar encorajar o paciente. Este
tipo de atitude será melhor desempenhada se elas forem conhecedoras do processo
de recuperação da doença.
Estresse
O estresse, isoladamente, não causa problemas ao coração – nos dias de hoje,
afinal o estresse é algo que todos nós temos. Por outro lado, muita tensão,
ocorrendo de maneira contínua ao longo do tempo, pode vir a ser prejudicial a
nossa saúde física e mental.
Não se pode remover toda a tensão de nossas vidas. Entretanto, as pessoas podem
decidir como irão responder a ela, sendo a meta a de procurar identificar as
situações estressantes e aprender a lidar com elas. Em um paciente em fase de
recuperação de uma doença cardíaca, aprender a lidar com as situações de
estresse (como encará-las e como reagir a elas) pode se tornar algo extremamente
importante.
O paciente cardiopata em fase de recuperação que tenha dificuldades em lidar com
situações estressantes deve conversar claramente com o seu médico a respeito
disso, para que orientações sejam dadas e medidas terapêuticas (medicamentos)
sejam tomadas.
Copyright © Bibliomed, Inc. 19 de setembro de 2013
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