Pacientes que fazem hemodiálise em centros de tratamento sem fins lucrativos apresentam uma maior chance de receber um transplante de rim e uma maior sobrevida do que aqueles que se tratam em instituições particulares com fins lucrativos.

Estas são as conclusões de um estudo da Escola de Medicina de Harvard, realizado pelo Dr. Pushkal P. Garg e seus colaboradoras, e publicado na revista The New England Journal of Medicine em sua edição de 25 de novembro.

Segundo os autores, nas instituições particulares existe uma tendência em reduzir custos, através da substituição de enfermeiras especialmente treinadas para tratamento destes pacientes por técnicos, além da redução de auxiliares por grupo de pacientes, o que torna o tratamento mais barato.

O governo americano custeia 80% do tratamento de hemodiálise através do seguro de saúde Medicare. A tabela com que ele paga, porém, não é reajustada desde 1973, o que acaba forçando as empresas particulares a cortar custos. As pressões financeiras podem levar a falta de pessoal capacitado para prestar atendimento e discutir as melhores estratégias de tratamento para cada paciente.

Os autores, entretanto, concluem que, para aqueles pacientes realizando hemodiálise em centros privados, este único estudo não é suficiente para conclusões quanto à qualidade do atendimento ofertado, e que não existe razão para pânico ou para mudança do tratamento para centros de hemodiálise sem fins lucrativos.

Fonte: The New England Journal of Medicine 1999;341:1653-60

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