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NEW YORK, Jul 29 - O uso combinado do medicamento abciximab juntamente com o implante de stent - a inserção de pequenos "tubos" em artérias estreitadas - melhora o resultado a longo prazo de pacientes com doenças cardiovasculares, informam pesquisadores.
"A combinação de um implante de stent com o abciximab prroduz um novo padrão de segurança e de eficácia durante uma intervenção em uma coronária", de acordo com uma equipe internacional de investigadores chefiada Dr. Eric Topol da Cleveland Clinic Foundation, Ohio.
As descobertas foram publicadas na edição de 29 de julho do The New England Journal of Medicine.
Os cirurgiões empregam várias técnicas para reabrir artérias ocluídas, incluindo o oso de stents ou a angioplastia (um procedimento no qual um cateter com um balão em sua ponta é inserido em uma artéria, o balão é inflado, e o vaso é dilatado). Entretanto, muitos paciente apresentam reestenose - uma re-oclusão das artérias - após a cirurgia. Medicamentos como o abciximab bloqueia os processos fisiológicos ligados à reestenose.
No seu estudo, a equipe de Topol comparou a evolução após 6 meses de quase 2.400 pacientes cardiopatas que foram submetidos a um dos tres tratamentos: uso de stent mais abciximab; uiso de stent mais um medicamento placebo; e angioplastia com balão mais abciximab.
Eles concluíram que o "abciximab e o implante de stent possibilitam ... resultados clínicos benéficos a longo-prazo" nos pacientes após a cirurgia. Por exemplo, cerca de 6 meses após a cirurgia, apenas cerca de 5,6% dos pacientes no grupo abciximab/stent havia falecido ou sofrido um ataque cardíaco. Comparado com 7,8% daqueles no grupo abciximab/angioplastia, e 11,4% daqueles no grupo stent/placebo.
Os índices de reoperação ligados à reestenose foram também mais baixos no grupo abciximab/stent (8,7%), contra abciximab/angioplastia (15,4%) ou stent/placebo (10,6%), de acordo com os autores.
Os pacientes diabéticos, um grupo especialmente em risco, também se beneficiaram muito com a combinação abciximab/stent.
O estudo foi financiado pelos fabricantes do abciximab (nome comercial ReoPro) -- Centocor, de Malvern Pennsylvania, e Eli Lilly and Company de Indianapolis, Indiana.
Fonte: The New England Journal of Medicine 1999;341:319-327
Publicada em Bibliomed Saúde em 02/08/1999
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