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Nova Iorque, Nov 25 - A segurança do preservativo feminino precisa ser avaliada antes que possa ser recomendado para uso durante sexo anal, sugerem os resultados de uma nova pesquisa.
Em seis cidades dos Estados Unidos, 2.277 homens homossexuais e bissexuais que não estavam infectados com o vírus da imunodeficiência humana (HIV)--o vírus que causa a AIDS -- responderam a um questionário sobre o Reality, um preservativo feminino que foi aprovado pelo US Food and Drug Administration (FDA) para uso vaginal. Um total de 145 homens disseram ter usado pelo menos uma vez o Reality durante sexo anal nos 6 meses anteriores.
Aproximadamente 40% destes homens informaram terem tido problemas com o preservativo, inclusive dor, dificuldade que inserir o dispositivo, e dificuldade de mantê-lo no lugar. Quatro usuários relataram hemorragia retal.
" Homens com qualquer parceiro HIV-positivo tinham uma probabilidade duas vezes maior de terem usado preservativos fêmininos que homens cujos parceiros eram HIV-negativos ou de estado de HIV desconhecido, " dizem o Dr. Michael Gross e seus colaboradores, do Abt Associates em Cambridge, Massachusetts no número de novembro do American Journal of Public Health.
Homens que informaram terem sexo anal passivo aproximadamente uma vez ou mais por mês tinham uma probabilidade 3 vezes maior do que outros terem usado Reality.
Em seu relatório, Gross e seus colegas mostram que os homens com os paceiros HIV-positivos e homens que regularmente têm sexo anal passivo (receptivo) apresentam um maior risco de infecção pelo vírus da AIDS do que outros homens homossexuais e bissexuais. Assim, relatos de hemorragia retal associados com preservativos femininos causam preocupação.
Os investigadores concluem que " o uso do preservativos femininos para sexo anal deveria ser avaliado em sua segurança e (eficácia) antes de ser amplamente promovido".
Fonte: American Journal of Public Health 1999;89:1739-1741.
Publicado em Bibliomed Saúde em 29/11/1999
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