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O vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1) é um retrovírus humano que infecta linfócitos e outras células que contêm o marcador de superfície CD4.
A infecção leva à linfopenia, deficiência e disfunção de linfócitos CD4, comprometimento da resposta imune celular e ativação de células B policlonais a novos antígenos.
Essa desestruturação imune dá origem à AIDS, que se caracteriza por infecções oportunistas e doenças malignas raras. O período desde a infecção pelo HIV até o início da AIDS varia de meses a muitos anos, com um período de incubação médio de aproximadamente 10 anos em adultos.
O vírus é transmitido principalmente através das vias sexuais e parenterais. Os principais grupos de risco, portanto, incluem parceiros sexuais de pessoas infectadas (nos Estados Unidos, 50% dos pacientes com AIDS são homens homossexuais), usuários de drogas EV, pessoas que receberam sangue infectado e crianças filhas de mães infectadas pelo HIV; contudo, a infecção está tornando-se mais prevalente fora desses grupos de risco tradicionais, sendo a AIDS atualmente a principal causa de morte em homens entre 25 e 44 anos de idade nos Estados Unidos.
O tratamento da AIDS inclui terapêutica anti-retroviral específica e tratamento de complicações infecciosas e neoplásicas.
A maioria dos pacientes é inicialmente assintomática. Alguns podem desenvolver candidíase oral recorrente, linfadenopatia, emagrecimento, febres, sudorese noturna e diarréia crônica (complexo relacionado à AIDS [ARC]).
A anamnese e o exame físico devem enfocar tais complicações. Os achados laboratoriais anormais podem incluir anemia, trombocitopenia e leucopenia. O exame laboratorial inicial mais importante é a mensuração do número de linfócitos CD4 (T4). O espectro normal para adultos é de 600-1.500 células/mm3.
Números inferiores a 500 células/mm3 geralmente indicam imunodeficiência associada ao HIV.
Fonte: Manual de Terapêutica Clínica - 28a. Ed. - 1996.
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