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Brasil desenvolve técnica para tratamento da Hemofilia A

31 de outubro de 2012 (Bibliomed). Técnica desenvolvida no Centro de Terapia Celular do Hemocentro de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, vai ajudar pacientes com hemofilia tipo A. No Brasil, cerca de nove mil pessoas sofrem com o problema, que é de ordem genético-hereditária e se caracteriza pela desordem no mecanismo de coagulação do sangue, com uma deficiência do fator VIII.

Também conhecida como Doença hemorrágica hereditária ou adquirida, a hemofilia é caracterizada pela ausência de várias proteínas no sangue responsáveis pelo processo de coagulação, e se manifesta em homens, sendo as mulheres portadoras do gene defeituoso responsável pela transmissão hereditária.

O tratamento para a doença, independente de sua gravidade, é feito pela reposição do fator VIII (concentrados de fatores de coagulação do sangue). A técnica desenvolvida na USP trata-se do fator VIII recombinante (rhFVIII), produzido por meio de engenharia genética a base de células humanas.

Existem dois métodos para se obter o fator VIII de coagulação que é utilizado no tratamento da hemofilia: através do plasma humano, ou por engenharia genética. Atualmente, o Brasil importa da França medicamentos para a doença.

No país, o tratamento feito atualmente utiliza os fatores VIII e IX purificados a partir do plasma de pessoas normais. Segundo os pesquisadores, a técnica é considerada inadequada, pois não exclui o risco de infecções e demanda uma grande quantidade de plasma de doadores sanguíneos normais.

O coordenador do estudo, professor Dimas Tadeu Covas, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), diz que a produção do rhFVIII será capaz de suprir a demanda necessária para garantir a qualidade de vida dos pacientes e conter os sangramentos, passando o país de importador de concentrados plasmáticos para exportador do produto.

Fonte: Agência USP, 26 de outubro de 2012

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