Notícias de saúde

Estudo Mostra Influência Genética no Hábito de Fumar

NOVA YORK (Reuters Health) - Resultados de um estudo que sugere a existência de uma forte influência genética no hábito de fumar das pessoas, demonstram que normalmente gêmeos tomam as mesmas decisões sobre o fumo, mesmo quando eles não são criados juntos.

Em uma pesquisa com 778 pares de gêmeos suecos, cientistas descobriram que em mais de 60 por cento das vezes a genética parecer estar por trás da decisão de parar de fumar. Embora, no geral, essa ligação genética tenha sido mais forte entre homens do que entre mulheres, ela foi comparável entre os mais jovens de ambos os sexos.

Isso pode significar que, à medida que as barreiras sociais para as mulheres largarem o vício diminuíram, a genética começou a desempenhar um papel maior, afirmam pesquisadores na edição de setembro de Archives of General Psychiatry.

Além disso, as descobertas indicam que, normalmente, a tendência para acender um cigarro foi a mesma entre gêmeos que não foram criados juntos. Isso sugere que os genes vencem o meio no comportamento relacionado ao fumo, de acordo com Kenneth S. Kendler, da Virginia Commonwealth University, em Richmond, e sua equipe.

Eles afirmam que essas descobertas "reforçam a evidência de que, em humanos, fatores genéticos desempenham um importante papel na influência da vulnerabilidade para o uso regular de tabaco, assim como (na) quantidade de tabaco consumido entre usuários regulares".

Outra pesquisa descobriu evidência de predisposições genéticas ao fumo. Até agora, cientistas descobriram que o comportamento em relação ao fumo e o vício da nicotina estão relacionados a certas variações genéticas que afetam a dopamina, substância química do cérebro.

Nesse estudo, Kendler e sua equipe perguntaram aos participantes sobre seus hábitos de fumo ou sua abstinência. Eles também analisaram o meio em que os participantes foram criados, assim como diferenças individuais (como doenças) entre os gêmeos.

Em homens, a genética explicou o fumo regular em cerca de 60 por cento das vezes, enquanto o meio ambiente e diferenças individuais estavam por trás do hábito em 20 por cento das vezes.

Em mulheres, a tendência foi o inverso. Quando os pesquisadores analisaram mulheres de qualquer idade, no entanto, eles descobriram que aquelas nascidas após 1940 demonstraram influência genética comparável à de homens.

Os cientistas acreditam que, caso eles possam determinar as variações genéticas que predispõem as pessoas a fumar, isso pode levar a terapias para largar o cigarro mais direcionadas.

Sinopse preparada por Reuters Health

Copyright © 2000 Reuters Limited. All rights reserved. Republication or redistribution of Reuters Limited content, including by framing or similar means, is expressly prohibited without the prior written consent of Reuters Limited. Reuters Limited shall not be liable for any errors or delays in the content, or for any actions taken in reliance thereon.

Faça o seu comentário
Comentários