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Trombólise não é mais arriscada para crianças que sofreram derrame

24 de abril de 2012 (Bibliomed). Crianças com derrame isquêmico sendo tratadas com trombólise não correm mais riscos de complicações do que adultos, aponta um novo estudo desenvolvido na St. Louis University nos Estados Unidos.

Os pesquisadores utilizaram dados do estudo nacional Kids’ Inpatient Database, analisando 9.367 crianças que foram admitidas com derrame isquêmico agudo. Nesse grupo, apenas 0,8% receberam a trombólise. As crianças que receberam esse tratamento eram mais velhas que as outras, com uma média de 13 anos (em comparação com a média de 8 do restante).

Os pesquisadores abordaram a segurança do tratamento, usando análise de regressão logística multivariada para avaliar covariações com a mortalidade do hospital e hemorragia intracerebral.

A análise dos resultados mostrou taxas mais altas de mortalidade e de hemorragia no grupo que recebeu o tratamento, mas os números são semelhantes às taxas vistas em adultos.

“Crianças que receberam a terapia trombolítica não tinham maiores chances de morrerem após o derrame do que aquelas que não receberam a terapia”, dizem os autores. Uma das complicações do estudo é a raridade do acontecimento do derrame em crianças, e poucos neurologistas arriscariam a administração da trombólise nesses pacientes. Assim é importante ressaltar que a informação disponível sobre segurança em amostras pediátricas grandes é limitada e que a eficácia da trombólise em criança ainda não foi determinada.

O pesquisador Amer Alshekhlee afirma também que “mais pesquisas são necessárias para determinar se os medicamentos são tão eficazes em prevenir a invalidez do derrame em crianças assim como em adultos”.

A pesquisa foi apresentada na 64ª reunião anual da American Academy of Neurology.

Fonte: American Academy of Neurology 64th Annual Meeting, New Orleans April 2012. Abstract #2557.

 

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