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Jogadores de futebol apresentam deficiências na alimentação

21 de dezembro de 2011 (Bibliomed).   Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto (FMRP) avaliaram 20 jogadoress de futebol adolescentes, em período competitivo, com média de 16 anos, Índice de Massa Corpórea (IMC) de 21,9 Kg/m2 e que praticavam o esporte há 2,6 anos, e concluíram que nenhum dos atletas estudados ingeria a quantidade recomendada de vitaminas A e E.
Segundo o estudo, 35% dos jogadores não ingeriam o necessário de vitamina C, e a dieta desses continha índices elevados de proteínas e gorduras, e outros pobres em carboidratos. Fancine Milani, nutricionista responsável pelo estudo, explica que os carboidratos são os principais combustíveis alimentares responsáveis por dar energia aos atletas. A pesquisa detectou, também, danos aos componentes lipídicos e protéicos celulares do corpo, o que pode comprometer o desempenho e saúde dos jogadores.

Francine diz que esses resultados preocupam, pois a demanda física elevada a que os jogadores são submetidos, associada a uma alimentação inadequada, pode levar os atletas ao estresse oxidativo, que é quando ocorre um desequilíbrio em favor da formação acentuada de radicais livres pelo corpo e ao combate das defesas antioxidantes, o que resulta em mais lesões, fadiga precoce, prejuízo na fase de recuperação pós-exercício, diminuição na função imunológica e aumento de inflamações.

“Por se tratar de adolescentes, esses efeitos podem ocasionar problemas no crescimento e no desenvolvimento”, afirma a pesquisadora. Segundo Francine, o estudo mostrou a importância de uma nutrição adequada e a necessidade de uma educação nutricional no meio esportivo. “É necessário o acompanhamento e orientação individualizados, possibilitando um consumo alimentar balanceado, evitando deficiências ou excessos alimentares, prevenindo assim danos excessivos causados pelo exercício físico crônico”, finaliza.

Fonte: Agência USP, 19 de dezembro de 2011.