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Ex-jogadores de futebol têm maior risco de demência

27 de março de 2025 (Bibliomed). Estudo realizado na Universidade de Glasgow, no Reino Unido revelou que ex-jogadores de futebol profissional têm um risco significativamente maior de desenvolver demência em comparação com a população geral, mesmo quando apresentam taxas iguais ou menores de fatores de risco relacionados à saúde e ao estilo de vida, como hipertensão, diabetes e obesidade.

A pesquisa analisou 11.984 ex-jogadores de futebol na Escócia e os comparou com 35.952 pessoas da população geral com idades, sexo e condições socioeconômicas semelhantes. Ao longo de 21 anos de acompanhamento, 3,62% dos ex-jogadores foram diagnosticados com demência, em comparação com 1,26% dos participantes do grupo de controle, representando um risco três vezes maior.

Curiosamente, os ex-jogadores apresentaram menores taxas de fatores de risco modificáveis, como diabetes (4,26% contra 6,35%) e hipertensão, e o impacto desses fatores no desenvolvimento da demência foi menor em ex-jogadores do que na população geral. Isso reforça a hipótese de que a exposição a impactos repetitivos na cabeça e lesões cerebrais traumáticas durante a prática do futebol de alto nível seja a principal responsável pelo aumento do risco.

Os pesquisadores recomendam que sejam adotadas medidas para reduzir a exposição a impactos repetitivos na cabeça no futebol e outros esportes de contato. Além disso, o estudo destaca a importância de monitorar a saúde cerebral de ex-atletas ao longo da vida.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2024.49742.

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